Movimentação de cargas

Linha de contêiner deve ser retomada no Itaqui

Acordo firmado entre a Pedreiras Transporte e os sindicatos das três categorias de trabalhadores portuários pode assegurar volta da operação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Última movimentação de linha regular de contêiner no Porto do Itaqui ocorreu em 28 de julho de 2016
Última movimentação de linha regular de contêiner no Porto do Itaqui ocorreu em 28 de julho de 2016 (conteiner)

Mais de dois anos depois do fim da linha regular de movimentação de contêineres da CMA CGM do Brasil Agência Marítima Ltda no Porto do Itaqui, um acordo firmado entre a empresa Pedreiras Transporte e os sindicatos das três categorias de trabalhadores portuários (conferentes, arrumadores e estivadores), garantindo tarifa única para movimentação desse tipo de carga, associado ao interesse do mercado, pode determinar a breve retomada dessa operação, com potencial para movimentar 1.800 contêineres/mês.
“Esse é um momento único, um encontro histórico que viabiliza essa operação que é um anseio da comunidade portuária, sobretudo dos donos de carga”, disse o diretor comercial e financeiro da Pedreiras Transporte, Antônio José Jansen Pereira.
O acordo integra um esforço conjunto para a retomada dessa operação no Itaqui e inclui a participação da Emap, com investimentos em infraestrutura no Porto do Itaqui e da Intrading Global (negócios internacionais), que representa sete empresas dos setores de serviços, home center, supermercados e indústrias de produtos de limpeza.
“Tudo isso vai levar a uma maior movimentação de cargas no porto público do Itaqui e isso é apenas o começo de uma nova etapa de melhorias”, afirmou o presidente do Sindicato dos Conferentes, Albert Diniz. Com o mesmo entusiasmo o presidente do Sindicato dos Arrumadores, Carlos Magno, disse que espera mais serviço e desenvolvimento.
De acordo com o sócio do Grupo Dimensão, Murillo Palácio, a viabilização da linha regular de contêineres é de grande importância para o desenvolvimento do comércio e da indústria local e regional. “Dessa forma a gente garante uma competitividade maior e um melhor retorno para a sociedade, com preço justo. Nós podemos crescer e o Maranhão também”, afirmou.

Investimentos
O projeto de ampliação da infraestrutura portuária para armazenagem de contêineres da Emap contempla uma área de 20.250 metros quadrados com capacidade estática para 1.341 TEUs (medida-padrão utilizada para calcular o volume de um container). Foram investidos R$ 10 milhões na obra de engenharia e outros R$ 9 milhões serão investidos na reestruturação do sistema elétrico.
De forma integrada, o Estado trabalha no adensamento de cadeias produtivas, de modo a viabilizar a movimentação de contêineres na ferrovia, o que possibilitará um aumento significativo do volume de cargas, inclusive com grande potencial de escoamento de carne refrigerada conteinerizada.

Cargas âncoras

As linhas regulares de contêineres se estabelecem quando existe equilíbrio entre entrada e saída de cargas de um mercado, possibilitando custos competitivos, sem o chamado “frete morto”. Historicamente, as linhas regulares que se estabeleceram no Porto do Itaqui foram atraídas para atender a movimentação de cargas âncoras, como o níquel e alumínio, além de cargas de projetos, que são sazonais.

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