COLUNA

Emocionante despedida

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A deputada estadual Andrea Murad (PRP) emitiu na sexta-feira, 12, uma emocionante carta de despedida depois de não ter conseguido a reeleição para mais um mandato na Assembleia Legislativa.
No comunicado, ela fez questão de agradecer os votos recebidos e comentou sua postura como oposicionista do governo Flávio Dino (PCdoB), na Assembleia Legislativa.
Segundo a parlamentar, foi difícil disputar contra a força da máquina estadual.
- Sabíamos, desde o início, que seria algo ainda mais difícil do que os anos de luta na oposição. Por que acompanhar candidatos oposicionistas alvos de perseguições desenfreadas? Como ter prefeitos, ex-prefeitos e lideranças fortes ao seu lado sem qualquer possibilidade de ajudá-los como parlamentar ou quando se é contra pagar por um voto com valor estabelecido nesse mercado desonesto? Só pude oferecer minha voz para denunciar as injustiças [...]. Também foi difícil competir com a força com que a grande maioria dos governistas angariaram seus votos. Sem dúvida, uma disputa desequilibrada, que, infelizmente, a Justiça só assistiu sem tomar as providências -, ressaltou.
Andrea fez questão de destacar o fato de que, mesmo não conseguindo a reeleição, foi a candidata mais bem votada em Coroatá, município que ficou marcado pela denúncia de abuso de poder econômico que culminou com a decisão da juíza Anelise Reginato de inelegibilidade do governador do Maranhão.
- Encerrarei meu trabalho defendendo os ideais que sempre acreditei. Obrigada, Maranhão, e um obrigada especial à minha querida Coroatá, que me honrou com expressiva votação, me fazendo a deputada estadual mais votada do município diante do abuso econômico dos candidatos de Flávio Dino - completou.

Falando nisso...
A semana que passou teve tom de despedida na Assembleia Legislativa, com discursos de deputados que não obtiveram êxito nas urnas.
Já se manifestaram na tribuna sobre os reveses Levi Pontes (PCdoB) e o líder do governo na Casa, deputado Rogério Cafeteira (DEM).
Mas o maior reflexo das derrotas é visto no plenário: poucos são os parlamentares - entre os 23 não reeleitos - que compareceram ao trabalho nos últimos dias.

Substituto
Com a não reeleição do atual líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (DEM), abriu-se na base governista um debate sobre quem será seu substituto.
Se reeleito estivesse, o democrata certamente seria convidado a novamente assumir o posto de porta-voz do Palácio dos Leões na Casa.
Como não estará mais lá a partir de 2019, Flávio Dino (PCdoB) deve escolher outro aliado. Nas bolsas de apostas, dois nomes: Rafael Leitoa (PDT) e Marco Aurélio (PCdoB).

Nada bem
Não repercutiu nada bem nas redes sociais o ataque do governador Flávio Dino (PCdoB) ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Na sequência das críticas, eleitores do ex-capitão do Exército invadiram o perfil do comunista para reprovar o comentário.
E olha que no Maranhão Fernando Haddad (PT) obteve mais votos que o adversário no 1º turno da eleição presidencial.

Desmentido
Depois de procurar o deputado Wellington do Curso (PSDB) para pedir votos na eleição para presidente da Assembleia, o deputado eleito Marcelo Tavares (PSB) parece ter-se arrependido.
Tentou plantar na imprensa que nunca procurou o tucano e disse que, na verdade, foi procurado pelo colega parlamentar para tratar do assunto.
Ocorre que Wellington revelou a articulação em discurso, na tribuna, enquanto Tavares esgueira-se em notinhas na mídia aliada.

Haja voto I
O deputado federal Aluisio Mendes (PODE) é um dos 10 parlamentares reeleitos para mais quatro anos de mandato com melhor desempenho em votação nas eleições deste ano no país.
Levantamento do portal G1 aponta que Mendes registrou um acréscimo de 108,8% no percentual de votos, em comparação com o pleito de 2014.
Na eleição mais recente, ele obteve expressivos 105.778 votos, contra 50.658 votos catalogados há quatro anos.

Haja voto II
Por duas eleições seguidas, em 2014 e 2018, Josimar de Maranhãozinho (PR) foi o mais votado para o cargo que disputou.
E, aos mais próximos, tem dito que não gosta de repetir candidatura.
Foi candidato a deputado estadual em 2014, e a federal agora em 2018. Para não repetir, restam os cargos de senador, governador e presidente, uma vez que prefeito ele também já foi.

DE OLHO

R$ 1,8 milhão foi quanto Josimar de Maranhãozinho (PR) declarou à Justiça Eleitoral ter gasto para eleger-se o deputado federal mais bem votado da história do Maranhão.

E MAIS

• Sem sucesso em mais uma eleição, o suplente de vereador Batista Matos (PTC) já tenta faturar com as eleições de Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) ao Senado.

• Detalhe: Matos apoiava José Reinaldo (PSDB), que também saiu derrotado das últimas eleições ao Senado.

• Durante a semana, mais lideranças políticas devem tornar públicas suas preferências na disputa pela Presidência da República.

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