Comércio

Elevada previsão de vendas pela 1ª vez desde o mês de maio

Alta de 4,2% do varejo em agosto, interrompe a sequência de redução apurada pela CNC em 2018

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Segmento de vestuário se destacou com crescimento de 5,6%, melhor resultado desde fevereiro de 2017 (+12,7%)
Segmento de vestuário se destacou com crescimento de 5,6%, melhor resultado desde fevereiro de 2017 (+12,7%) (comercio)

Rio

Após a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da alta de 4,2% do comércio varejista em agosto, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de +4,3% para +4,5% sua estimativa de crescimento do setor este ano. Foi a primeira revisão positiva desde a greve dos caminhoneiros em maio.
Para a entidade, a liberação de recursos do PIS/Pasep ajudou nas vendas em agosto, injetando no consumo aproximadamente R$ 10,3 bilhões do total sacado nos meses de agosto e setembro, segundo estimativa da própria Confederação. Esse cenário se baseia na percepção de que a economia e o mercado de trabalho seguem em recuperação lenta, e de que as taxas de juros mantêm tendência de queda pelo menos até o fim do ano.

Taxas de câmbio
Além disso, a taxa de câmbio, que havia apresentado elevação de quase 20% entre maio e agosto, arrefeceu nas últimas semanas, situando-se atualmente no menor patamar dos últimos dois meses. No entanto, passado o “efeito PIS/Pasep”, o setor deverá voltar a enfrentar dificuldades para sustentar o ritmo de crescimento, mesmo considerando a possibilidade de o varejo brasileiro avançar em 2018 um pouco mais do que no ano passado, quando registrou +4%.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE, em agosto o volume de vendas nos 10 segmentos que integram o comércio varejista brasileiro avançou 4,2% em relação a julho. Essa foi a maior taxa mensal desde que a PMC passou a incorporar os desempenhos dos segmentos automotivos e de materiais de construção, em 2003.
Destacaram-se as variações apuradas pelos segmentos de vestuário (+5,6%) - melhor resultado desde fevereiro de 2017 (+12,7%) - e o comércio automotivo (+5,4%). Este último ainda foi beneficiado pela redução nas taxas de juros do financiamento de veículos.
Em relação ao mesmo mês do ano passado, o resultado de agosto (+6,9%) também surpreendeu positivamente, representando a maior variação do faturamento real desde o último mês de abril (+8,8% ante abril de 2017). Novamente destacou-se o comércio automotivo (+15,9%), além do ramo de farmácias, perfumarias e cosméticos (+7,4%).

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