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Militar é indiciado por agredir servidor público no Itapiracó

Inquérito foi concluído e o soldado Eduardo da Luz e o enfermeiro Bruno Olavo vão responder por tentativa de homicídio contra o servidor público Anderson Pereira

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Momento em que o PM Eduardo da Luz agredia Anderson Pereira com um soco no rosto
Momento em que o PM Eduardo da Luz agredia Anderson Pereira com um soco no rosto (Agressão)

SÃO LUÍS - O soldado da Polícia Militar e lutador de jiu-jitsu, Eduardo da Luz Soares, e o enfermeiro, Bruno Olavo Lindoso Pinto, foram indiciados pelo crime de tentativa de homicídio. Eles estão sendo acusados de terem agredido fisicamente e baleado o servidor público, Anderson Pereira da Silva, fato ocorrido na madrugada do dia 24 de setembro em uma loja de conveniência de um posto de combustível, no Itapiracó. Os dois são suspeitos, também, de terem espancado uma outra pessoa, identificado como Diego, e furtado dela a quantia de R$ 50,00, e efetuado tiros em via pública que atingiu o violão e pegou de raspão na camisa de um cliente de um estabelecimento comercial, na Cohab.

O caso estava sendo investigado por investigadores do 6º Distrito Policial, na Cohab, sob a coordenação dos delegados Carlos Damasceno e Nilo Trindade. Damasceno informou que o inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário. Os dois suspeitos foram indiciados por tentativa de homicídio. “A investigação foi concluída no prazo estabelecido pela justiça, ou seja, como há suspeito preso, no período de 10 dias”, disse o delegado.

O delegado disse ainda que durante as investigações, as testemunhas convocadas e os acusados comparecerem ao 6º Distrito Policial e foram ouvidos pela autoridade policial. O soldado Eduardo da Luz foi o único que não respondeu as perguntas, preferindo permanecer calado. “O militar permaneceu em silêncio durante a sua oitiva na delegacia”, disse Carlos Damasceno.

Além das oitivas, a polícia solicitou provas materiais, entre elas os exames periciais que as vítimas foram submetidas no Instituto de Criminalística (Icrim), no Bacanga. O soldado vai permanecer preso no presídio do Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau. O outro acusado responderá ao processo em liberdade, já que não houve necessidade de ser solicitada a sua prisão ao Poder Judiciário.

O delegado afirmou que o inquérito policial foi enviado na última sexta-feira à Central Inquérito do Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, e ainda esta semana deve ser distribuído por meio de sorteio, para uma das varas criminais, dando início aos transmites judiciais.

“A investigação foi concluída no prazo estabelecido pela Justiça, ou seja, como há suspeito preso, no período de 10 dias”.Carlos Damasceno - delegado da Seccional Norte

Entenda o caso

Carlos Damasceno informou que no dia 23 do mês passado, os acusados teriam participado de um torneio de arte marcial e foram um dos ganhadores. Eles, então, saíram em companhia de um professor de jiu-jitsu e outro policial militar para comemorarem esse título do campeonato.

O grupo foi primeiramente a um bar, no Cohatrac, onde ingeriram bebida alcoólica e depois se deslocaram para o bar do Xexéu, na Cohab. Na porta desse estabelecimento comercial, Bruno Olavo e Eduardo da Luz teriam agredido fisicamente Diego. O delegado disse, também, que a vítima ainda foi roubada em R$ 50,00.

O soldado Eduardo da Luz mandou Diego correr e atirou em sua direção. A bala atingiu o violão e passou de raspão na camisa de um cliente de outro estabelecimento comercial, na Cohab. Em seguida, eles teriam se deslocado até uma conveniência de um posto de combustível, no Itapiracó.

Um vídeo, que circulou em rede social, revelou a ação criminosa nesse estabelecimento comercial. As imagens revelam perfeitamente o policial desferindo um soco no rosto de Anderson Pereira na presença da funcionária da loja de conveniência. A vítima caiu no chão desacorda e ensanguentada. Em seguida, aparece a vítima tentando se levantar com o auxílio de uma pessoa.

Em um outro momento, o vídeo mostra o soldado subindo em uma motocicleta com uma lata de cerveja na mão e, logo depois, agredindo a vítima em companhia de mais dois homens. Também é visível, nas imagens, observar o policial militar empunhando uma arma de fogo, correndo em direção de Anderson e efetuando os disparos. Um deles atingiu um dos pés da vítima.

Anderson Pereira foi levado para um hospital na capital onde passou mais de uma semana internado. Ele foi submetido a tratamento cirúrgico no rosto com a colocação de pinos de metal e no pé direito, mas a bala ainda não foi ainda retirada.

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