Indústria

Indústria cresce em nove locais em agosto, diz IBGE

Na comparação com agosto de 2017, a indústria cresceu em 11 dos 15 locais pesquisados; com destaque para Rio Grande do Sul (12,3%)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Rio de Janeiro

Apesar da queda de 0,3% na indústria nacional, a produção cresceu em nove dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de julho para agosto deste ano. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, a maior alta foi observada em Mato Grosso (3%), seguido da Bahia (2,7%) e de Pernambuco (2,6%).

Também apresentaram crescimento as indústrias do Ceará (1,5%), Rio Grande do Sul (0,8%), Paraná (0,7%), Minas Gerais (0,5%) e Goiás (0,2%). O IBGE também analisa o comportamento da indústria nos nove estados da Região Nordeste como um todo. Nessa região, a produção cresceu 1,5%.

Por outro lado, seis estados tiveram queda na indústria: Amazonas (-5,3%), Pará (-1,1%), Espírito Santo (-0,9%), São Paulo (-0,9%), Santa Catarina (-0,7%) e Rio de Janeiro (-0,3%).

Outras comparações

Na comparação com agosto de 2017, a indústria cresceu em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Rio Grande do Sul (12,3%), Pernambuco (11,7%) e Pará (11%). Dos quatro locais em queda, o recuo mais acentuado foi observado no Amazonas (-6,7%).

No acumulado do ano, também houve altas em 11 dos 15 locais pesquisados. Os maiores crescimentos foram registrados no Amazonas (10,9%) e Pará (9,2%). Quatro locais tiveram queda, as mais expressivas em Goiás (-3,6%) e no Espírito Santo (-3,4%).

Já no acumulado de 12 meses, a produção cresceu em 13 locais. Amazonas e Pará tiveram os melhores desempenhos, com altas de 10,1%. Os dois locais em queda foram Espírito Santo (-3,1%) e Minas Gerais (-0,8%).

Greve dos caminhoneiros

A greve dos caminhoneiros, que paralisou o transporte rodoviário de cargas por 11 dias no final de maio, diminuiu a produtividade do trabalho da indústria no segundo trimestre. Segundo estudo divulgado nesta terça-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador recuou 3,4% de abril a junho na comparação com o trimestre anterior (janeiro a março).

De acordo com a CNI, a queda interrompeu a tendência de alta observada desde o segundo trimestre de 2016. A entidade, no entanto, informou que a queda foi atípica e que a produtividade da indústria deve voltar a crescer nos próximos trimestres, refletindo o aumento da eficiência dos últimos anos.

Mesmo com o recuo no segundo trimestre deste ano, a produtividade do trabalho na indústria de transformação acumula crescimento de 5,5% na comparação entre o primeiro trimestre de 2016 e o segundo de 2018. Segundo a CNI, o indicador acumula alta de 9,1% nos últimos cinco anos (2012–2017).

Comparação

No ano passado, a produtividade do trabalho na indústria cresceu 4,3% e ficou 2,3% superior à média dos principais parceiros comerciais do Brasil em 2017. No grupo de países que comerciaram com o Brasil, apenas a Coreia do Sul registrou crescimento maior: 5,8%. A Holanda apresentou desempenho semelhante ao brasileiro (aumento de 4,2% da produtividade), seguidos por Argentina (3,8%) e pelo Japão (3,3%). A produtividade do trabalho é medida como o volume produzido dividido pelas horas trabalhadas na produção.

O crescimento de 9,1% da produtividade do trabalhador na indústria brasileira entre 2012 e 2017 foi igual ao da Coreia do Sul. Apenas França, Alemanha e Holanda, com ganho de produtividade em torno de 10%, superaram os dois países. No entanto, no acumulado da década, de 2007 a 2017, a produtividade da indústria nacional acumula queda de 1,8% em relação à média dos parceiros.

De acordo com a CNI, mesmo com o crescimento na comparação com os parceiros comerciais nos anos mais recentes, o Brasil precisa avançar mais. Para a entidade, o país precisa superar gargalos para melhorar a competitividade, como o aumento da qualidade da educação e a ampliação dos investimentos em ciência e tecnologia.

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