Negociações

Sobe confiança na estratégia de Theresa May para o Brexit

29% dos eleitores estão confiantes de que a premiê irá alcançar o acordo certo com a UE, frente a 22% no mês passado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Theresa May, premiê britânica, no congresso do Partido Conservador
Theresa May, premiê britânica, no congresso do Partido Conservador (AFP/May)

LONDRES - A taxa de aprovação entre os eleitores britânicos da maneira como a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, está lidando com as negociações do Brexit subiu pela primeira vez em cinco meses, informou o instituto ORB International nesta segunda-feira (8), segundo a agência Reuters.

A aprovação da estratégia de May para as conversas sobre o Brexit chegou a até 47% na primeira metade de 2017 mas, desde então, tem caído à medida que o governo luta para fechar um acordo sobre o futuro relacionamento do Reino Unido com a União Europeia.

De acordo com o levantamento, que entrevistou cerca de 2 mil adultos, 29% dos eleitores estão confiantes de que May irá alcançar o acordo certo, frente a 22% no mês passado, enquanto 53% acreditam que ela não conseguirá o acordo adequado. O restante não soube opinar.

Responsável por liderar a saída do Reino Unido da União Europeia após um referendo de 2016 que continua a dividir o país, May precisa encontrar uma solução a um impasse nas negociações com Bruxelas e, depois, convencer um Parlamento cético a apoiar o resultado.

Negociadores da União Europeia para o Brexit acreditam que um acordo de separação com o Reino Unido está próximo, disseram fontes diplomáticas na semana passada, sinalizando que um meio-termo sobre as questões mais controversas --como a futura fronteira irlandesa-- pode estar a caminho, embora detalhes sejam escassos.

'Grandes problemas'

O governo britânico advertiu ontem que ainda há "grandes problemas" a serem resolvidos nas negociações com Bruxelas sobre a saída do país da União Europeia (UE), marcada para 29 de março, segundo a France Presse.

"Sempre dissemos que estávamos trabalhando duro para conseguir um acordo neste outono (boreal), e isso continua", disse um porta-voz da primeira-ministra Theresa May.

"Ainda há grandes problemas a serem resolvidos e, como afirmou a primeira-ministra, isso exigirá movimentos por parte da UE", acrescentou.

Esta semana acontecem em Bruxelas discussões técnicas na presença dos representantes de ambos os lados, mas o ministro britânico encarregado do Brexit, Dominic Raab, não tem planos de comparecer.

"Há uma diferença entre ouvir as pessoas falarem de maneira otimista sobre um acordo e a conclusão efetiva de um acordo que inclui tanto a saída quanto a estrutura futura" das relações entre o Reino Unido e a UE, acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores irlandês, Simon Coveney, disse no domingo que o texto do acordo de saída estava "90% fechado", embora o problema da fronteira com a Irlanda continue sendo um grande obstáculo.

O acordo final sobre o Brexit deve incluir o pacto de saída do Reino Unido e uma declaração política sobre a futura parceria econômica e em termos de segurança. Também deverá incluir os direitos dos cidadãos europeus e o pagamento da fatura de saída.

Londres e Bruxelas concordaram em manter a fronteira aberta entre a província britânica da Irlanda do Norte e a República da Irlanda - um país membro da UE - mas não entraram em acordo em como proceder.

Londres se opõe a manter, como proposto por Bruxelas, as regras da UE na Irlanda do Norte, mas ainda não apresentou nenhuma alternativa, mas prometeu que o fará "em breve".

Os líderes europeus exigem que May faça progressos concretos em direção a um acordo antes da cúpula de 18 e 19 de outubro em Bruxelas.

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