COLUNA

Já o futuro!

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Nem bem terminaram as eleições de 2018 no Maranhão, os bastidores políticos já especulam e montam possíveis cenários para 2020, em São Luís, e 2022 no Maranhão. E por que tanta pressa? Os números das eleições deste ano levam para as análises de um futuro próximo, até mesmo porque uma eleição nunca está desvinculada de outra.
O fato é que em 2020, na capital maranhense, o jogo não deverá ser fácil. Eduardo Braide (PMN), eleito com mais de 180 mil votos para a Câmara dos Deputados, é visto como candidato natural à Prefeitura de São Luís. Mostrando força, ele depende quase exclusivamente de sua atuação na Câmara e evitar erros que Eliziane Gama, por exemplo, cometeu depois que chegou a Brasília.
Ainda em 2020, Eliziane, hoje eleita senadora, poderá ter um papel determinante, já que o acordo entre ela e o prefeito Edivaldo Júnior é deixar Pedro Lucas Fernandes em condições de assumir a capital.
Mas será que ela cumprirá tal acordo? Ou será que o jovem Pedro Lucas não abriria mão de uma candidatura a prefeito para deixar o pai, Pedro Fernandes (PTB) e primeiro suplente de Eliziane, por cerca de seis anos no Senado? São perguntas que somente o tempo permitirá responder.
Sobre 2022? Os votos de 2018 na chapa de Flávio Dino já desenham o que pode acontecer. Weverton Rocha para o Senado foi maior que o governador e elegeu mais deputados em seu partido, o PDT. Será que os acordos serão cumpridos?

Estratégia
Os pedetistas se animaram tanto com a eleição de Weverton Rocha ao Senado que já conversam sobre disputa pelo governo estadual daqui a quatro anos.
A ideia é manter o comando de São Luís - já inciada com a filiação de Edivaldo Júnior ao partido - e também avançar no estado.
O dever de casa já teve início com a vitória de sete parlamentares para a Assembleia Legislativa e mais Weverton para senador.

Ainda a definir
Para definir qualquer cenário futuro, o resultado da disputa presidencial é fato predominante. Se Bolsonaro for o presidente, Flávio Dino terá dificuldades, isto em tese.
Mas se for Fernando Haddad (PT), a vida do comunista não será das piores. Tudo dependerá do desempenho econômico e político do Brasil.
Além do fato “externo”, Dino também terá de investir em plano de desenvolvimento que possa trazer melhorias ao Maranhão, já que nem de asfalto antes das chuvas vive o cidadão.

Ajustes
A partir da próxima semana, o governador Flávio Dino já começará a reajustar seu governo para deixar a casa organizada para a equipe que assumirá em 2019.
A previsão é de que secretários exonerados para disputar as eleições deste ano retornem aos cargos até o fim de dezembro, quando deixarão as vagas para assumir mandato eletivo.
Resta saber quem volta ou não para os cargos comissionados. As apostas são feitas nos aliados não eleitos como Simplício Araújo (SD), que antes do período vedado comandava a Secretaria de Indústria e Comércio.

Eleitos
Na Assembleia Legislativa, a presença de mulheres para a próxima legislatura tem um número expressivo. Dos 48 eleitos, sete são mulheres.
Já na Câmara dos Deputados, não há nenhuma eleita deputada federal. Em Brasília, a única representante entre as mulheres é Eliziane Gama (PPS).
Gama foi também a única mulher eleita, em 2014, como deputada federal. No Maranhão, infelizmente, as mulheres ainda têm participação tímida na vida política parlamentar.

Caída
O líder do governo de Flávio Dino na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira (DEM), amarga a derrota que talvez nem ele mesmo esperava sofrer.
Ao contrário do que se pensava, Cafeteira recebeu apoio verbal de Dino, mas não dentro da prática. Todo apoio parece ter sido direcionado a Duarte Júnior (PCdoB).
Este último, soube se promover muito bem à frente do Procon e conseguiu ser o segundo mais votado no Maranhão para a Assembleia. Quanto a Cafeteira, resta lamentar.

Sem coerência
Já houve reação dentro da Igreja Assembleia de Deus em relação às declarações dadas pela senadora eleita Eliziane Gama (PPS) sobre apoio a Fernando Haddad.
Pastores da denominação evangélica já desautorizaram a parlamentar de declarar apoio ao petista. A igreja ainda fechará apoio na disputa presidencial de segundo turno.
Bem que o pastor Pedro Aldir Damasceno, que gravou áudio desautorizando Gama, não tem muita respaldo para enquadrar a senadora eleita, já que ele apoiou e ajudou Flávio Dino, comunista e defensor do PT no Maranhão.

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