Estado Maior

Mudanças no Legislativo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

As eleições de 2018, para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa, trouxeram novos nomes para o Legislativo. Para deputado estadual, a previsão era de uma renovação grande, já que muitos da Assembleia decidiram tentar vaga como deputado federal. E somando aos que não buscaram a reeleição, os que não conseguiram votos suficientes fizeram com que a configuração do legislativo estadual ultrapassasse 50%.
Nomes como Rogério Cafeteira (DEM), líder de Flávio Dino na Assembleia, não conseguiu êxito. Sérgio Frota, que em 2014 conseguiu deixar a Câmara dos Vereadores para ser deputado estadual, também ficou de fora da lista dos eleitos.
Andrea Murad e Sousa Neto, também ficaram fora. A primeira não alcançou o número de votos suficientes e o segundo, desistiu da candidatura no meio da campanha.
Stênio Rezende também não volta, mas ele já se sabia porque estava inelegível e, por isso, decidiu colocar a esposa, Andreia Rezende, que foi eleita. Max Barros consta na lista dos que decidiram não disputar a eleição.
A renovação da bancada federal foi maior ainda. A mudança bateu 55%. Quatro deputados estaduais conseguiram êxito: Edilázio Júnior, Bira do Pindaré, Eduardo Braide e Josimar de Maranhãozinho. Os dois últimos alcançaram votação nunca antes dada para candidatos a deputado federal chegando quase a 200 mil votos.
A renovação nas duas casas legislativas pode demonstrar que a população quis mudança. Ma, pelos novos nomes, em sua maioria, fica claro a força dos Leões agindo para garantir mais aliados, tanto na Assembleia quanto em Brasília.

Força da máquina
A força da máquina foi percebida na votação do ex-secretário e braço direito de Flávio Dino, Márcio Jerry, que conseguiu mais de 120 mil votos para deputado federal.
Jerry não tem lastro na política suficiente para justificar tal desempenho na disputa pela Câmara dos Deputados. A única experiência do comunista foi uma candidatura, em 2006, para deputado estadual.
Márcio praticamente repete o que o seu chefe, Dino, fez em 2006 quando deixou de ser juiz e ganhou uma vaga na Câmara, ou seja, foi eleito com ajuda substancial do chefe do Poder Executivo.

Transferência
Quem não usou a força da máquina, usou os votos que seriam seus para eleger os seus escolhidos. Isso ocorreu, por exemplo, com o vereador Pedro Lucas Fernandes, que foi eleito deputado federal.
Pedro Lucas ficou no lugar do pai, Pedro Fernandes – que teve quatro mandatos de deputado federal e, agora, eleito primeiro suplente de senador.
A transferência de voto também garantiu a eleição de Andreia Rezende, que assumiu a candidatura para a Assembleia Legislativa do marido, Stênio Rezende, que está inelegível.

Manifestação
A ex-governadora Roseana Sarney foi a única candidata ao governo do Maranhão que se manifestou após o resultado das eleições no Maranhão.
A emedebista agradeceu o apoio dado pelas lideranças políticas e dos militantes e também parabenizou Flávio Dino pela vitória.
Roseana desejou sorte aos eleitos para deputado estadual e federal e para o Senado. Ao povo do Maranhão, a ex-governadora agradeceu o carinho e reconhecimento.

Votação
O Maranhão foi um dos estados do Nordeste que ajudou a levar a eleição presidencial para o segundo turno.
O candidato do PT, Fernando Haddad, teve no estado mais de 61,12% dos votos válidos, percentual repetido em mais sete estados nordestinos. O presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL, teve pouco mais de 24,38%.
Depois do resultado, grupos pró-Bolsonaro no Maranhão prometem intensificar a campanha no segundo turno, para diminuir a enorme diferença em relação a Haddad.

Recorde
Eduardo Braide (PMN) passou a maior parte do tempo da apuração dos votos para deputado federal liderando. Ele já estava sendo visto como o deputado federal com maior votação da história.
No entanto, após 95% das urnas apuradas, o deputado Josimar de Maranhãozinho saltou à frente e acabou saindo como o mais votado para a Câmara dos Deputados.
Maranhãozinho ultrapassou 192 mil votos superando em muito o então recordista de votos, que era Roberto Rocha, que, em 2006, chegou a quase 140 mil votos.

DE OLHO
924 mil

eleitores deixaram de comparecer às urnas no Maranhão nas eleições de 2018. Este número representa um percentual de pouco mais de 20% de abstenção.

Derrota
Entre os grandes derrotados nas eleições deste ano no Maranhão está o senador Roberto Rocha (PSDB), que teve somente 63 mil votos ou apenas 2,04% dos votos válidos.
Para quem foi eleito com mais de um milhão de votos em 2014, o tucano não conseguiu decolar em sua campanha.
Dois fatores contribuíram: o primeiro é que o candidato a presidente de seu partido, Geraldo Alckmin, teve desempenho pífio. O outro fator é que o senador esteve dividido em fazer campanha e acompanhar o filho em seu tratamento de saúde.

E MAIS

• E ainda sobre o senador Roberto Rocha, ele decidiu que se manifestará sobre o resultado das eleições somente hoje.

• Os petistas já cobram empenho do pessoal de Flávio Dino na campanha para Fernando Haddad no segundo turno.

• O PSDB é o partido que sairá bem menor do que entrou na campanha eleitoral deste ano. Somente Wellington do Curso, por exemplo, conseguiu se eleger, deixando a legenda com a bancada de somente um deputado estadual.

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