Credibilidade

Após denúncia de O Estado, Caema inicia reparo em poço no Gapara

Operários da Companhia retiraram a bomba, para manutenção, e disseram que o órgão vai administrar o equipamento, conforme moradores; inaugurado pelo Governo do Maranhão no dia 08 de abril deste ano, o poço está com o seu funcionamento precarizado

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Após denúncia, Caema iniciou conserto do poço
Após denúncia, Caema iniciou conserto do poço (poço)

Após denúncia de O Estado sobre um poço que está com o seu funcionamento precarizado, no bairro do Gapara, em São Luís, publicada no dia 29 de setembro, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) realizou reparo no equipamento. Operários da Companhia retiraram a bomba, para manutenção, e disseram que o órgão vai administrar o poço, conforme informou ontem os moradores da região, afetados com a problemática.

Enquanto o conserto é realizado, os moradores estão comprando água de carro-pipa, para não ficarem desabastecidos. Esse poço foi inaugurado no dia 08 de abril deste ano pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), mas, desde o início, só apresenta problemas. Moradores da região, que seriam beneficiados, relataram que a água chega suja nas torneiras ou simplesmente não jorra, não sobe as encanações. A população também suspeita de que a água possa está contaminada, pois quem já usou para tomar banho sentiu coceiras e, ao lavar roupas, percebeu que as peças ficam mais sujas. Durante reportagem no dia 28 de setembro na comunidade, O Estado constatou que não havia água nas torneiras da comunidade e que uma das caixas da rede elétrica do poço estava queimada, além disso registrou um morador carregando baldes de água em um carro de mão.

Reclamações
Considerada a moradora mais idosa da área, Cristina Reis Garcês, de 95 anos, contou as suas dificuldades, por causa desse problema. “Antes, eu recebia água de um poço artesiano que tem aqui na comunidade. Porém, a água é muito pouquinha. Quando instalaram esse poço, que nunca funcionou bem, eles retiraram a encanação que destinava água. Aí, esse poço do Governo quebrou e eu tive de voltar ao poço de antes. Para conseguir de novo, teve até confusão. Um cano bem ninho na minha casa. E só chega água em algum horário do dia. Tenho de estocar, porque senão fico sem água”, reclamou a idosa.

O caldeireiro Paulo Sales, de 33 anos, tem um problema de saúde, que o impossibilita a carregar baldes de água, mas quase vem é suja. Fizeram uma coisa tão mal feita, que até uma caixa da rede elétrica pegou fogo, tudo aí está queimado como você podem vê tudo aí. Para lavar roupas, pratos, tomar banho é uma tortura. E eu tenho um filho pequeno em casa”, explicou Sales.

Posicionamento
A Caema foi procurada, no dia 28, e informou em nota que estava tomando providências para resolver definitivamente o problema e melhorar o atendimento aos moradores e usuários. Para aprimorar também a vazão na localidade, equipes farão a retirada e manutenção do equipamento. Os serviços, já programados, devem ser concluídos até esta semana, com a reposição do equipamento.

MAIS CASOS
Reportagem de O Estado publicada há pouco mais de um mês, no dia 24 de agosto, mostrou que dois poços perfurados via programa “Água para Todos” não funcionavam no Residencial Nova Vida, na Zona Rural de São Luís. Moradores da região exigiam que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) instalasse bombas nos dois equipamentos, que haviam sido perfurados há três anos. Famílias informaram que os poços nunca funcionaram e, por isso, compravam água aos vizinhos que têm posso particular ou pagavam para carroceiros que transportam água de um terceiro poço que tem na região.

Dezenas de moradores do Residencial Nova Vida se reuniram e todos se mostraram bastante indignados com a falta de água nas torneiras das suas residências. O programa “Água para Todos”, do Governo do Maranhão, foi lançado no dia 15 de junho de 2015, com o objetivo de levar água tratada a todos os lares maranhenses.

Na época, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que os poços artesianos no Residencial Nova Vida serão equipados e interligados à rede já implantada na localidade. Tão logo o serviço seja realizado, o abastecimento de água será estabelecido. O atraso ocorreu porque a empresa vencedora do certame quebrou o contrato e abandonou a obra. A companhia adotou as medidas judiciais cabíveis, notificando e penalizando a empresa responsável.

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