Denúncia

Delegado prende agente da Seap em Santa Inês

Sindspem denuncia a maneira arbitrária com a funcionária foi jogada no camburão e recolhida ao xadrez

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A direção do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário (Sindspem) afirmou, ontem, que ainda esta semana vai entrar com uma representação na Corregedoria da Polícia Civil e na Promotoria de Controle Externo contra a equipe da Delegacia Regional de Santa Inês, que é coordenada pelo delegado Ederson Martins. A Sindspem alega que policiais civis agiram de forma truculenta e ilegal ao prenderem a agente penitenciária Adriana Roma, no último dia 2, na Unidade Prisional de Santa Inês.

O presidente do Sindspem, Ideraldo Lima, declarou que o sindicato está tomando providências para resolver esse problema. Uma delas é a solicitação de uma representação na Corregedoria da Polícia Civil, na Secretaria de Segurança Pública, na Vila Palmeira. “Estamos tomando essa atitude para que não venha a ocorrer outro tipo abuso como esse”, desabafou o líder sindical.

Revista

A agente penitenciária Adriana Roma disse que no último dia 2 estava de plantão na Unidade Prisional de Santa Inês e solicitou que um investigador da Polícia Civil e uma escrivã “ad hoc” fossem revistados, já que teriam tido acesso à unidade prisional sem passar por esse procedimento adotado pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). “A secretaria determinou que todas as pessoas devem ser revistados pelos agentes penitenciários antes de entrarem ao presídio”, explicou.

Ela ainda declarou que o investigador da Polícia Civil e a escrivã foram revistados por um aparelho de detector de metal. “Foi apenas utilizado o bastão e não teve a revista íntima em que é necessário a pessoa retirar a roupa”, disse a agente penitenciária.

Adriana Roma informou, também, que no começo da noite do dia 2 foi presa pelos crimes de desacato, constrangimento e resistência a prisão pela equipe da Delegacia Regional de Santa Inês. “O delegado, em companhia de mais dois investigadores, disse que iria me prender, mas declarei que não tinha cometido nenhuma ilegalidade. Ele pegaram nos meus braços e pés e me jogaram no camburão da viatura. O delegado disse que arbitraria uma fiança para ser soltar. Só que isso mão aconteceu”, disse a agente.

Outra versão

O delegado Ederson Martins, por sua vez, declarou que uma escrivã e um investigador da Polícia Civil foram até o presídio tomarem o depoimento de um interno e ao chegarem ao local foram submetidos a uma revista íntima. “A escrivã foi levada para uma sala reservada e ao tirar a blusa foi informada que não precisava, porque a agente a conhecia”, explicou o delegado.

Ele também informou que ao tomar conhecimento do caso tentou falar com o diretor da unidade prisional, mas não obteve sucesso e ele comunicou o fato à Secretaria de Segurança Pública.

O delegado disse ainda que foi até o presídio com mais dois investigadores para ouvir a agente penitenciária. “Ela falou que não iria até a delegacia e deu ordem para que não abrissem os portões da unidade prisional. Após isso, a agente penitenciária foi colocada no camburão, por motivo da segurança”, declarou Ederson Martins.

Ele informou, também, que a agente penitenciária foi ouvida e logo depois foi liberada. Também nesse dia a escrivã “ad hoc” prestou esclarecimento sobre o caso na delegacia e foi aberto um inquérito para apurar os fatos.

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