Fronteira

Seul e Pyongyang começam a remover minas terrestres

Remoção de minas foi acordada no último encontro de Kim Jong Un e Moon Jae-in; acordo alcançado no encontro de setembro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Moon Jae-in (esq.) e Kim Jong-un apertam as mãos durante encontro em Pyongyang
Moon Jae-in (esq.) e Kim Jong-un apertam as mãos durante encontro em Pyongyang (Reuters/Coreias)

SEUL - Soldados da Coreia do Sul e da Coreia do Norte começaram a remover minas terrestres ao longo da altamente fortificada fronteira entre os dois países, ontem, 1º, informou o Ministério de Defesa sul-coreano, como parte de um acordo para reduzir a tensão e construir confiança na península dividida.

Detalhes do projeto foram acordados durante a cúpula do mês passado em Pyongyang entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

Em comunicado, o ministério disse que os dois países concordaram em remover todas as minas terrestres da Área de Segurança Conjunta de Panmunjom dentro dos próximos 20 dias, com engenheiros militares realizando a tarefa no lado sul-coreano.

O acordo alcançado no encontro de setembro também inclui o fechamento do sítio norte-coreano de testes de mísseis de Tongchang-ri e uma candidatura conjunta aos Jogos Olímpicos de 2032, em uma nova demonstração da diplomacia esportiva após os Jogos de Inverno de 2018, que serviram para quebrar o gelo entre os dois vizinhos.

A visita de Jae-in à Coreia do Norte, pouco frequente, foi o mais recente sinal do atual degelo na península, que já permitiu uma primeira cúpula intercoreana, no final de abril, em Panmunjom, na Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias.

O presidente sul-coreano, que voltou a se reunir com Kim em maio, teve um papel-chave para permitir a cúpula histórica entre o líder norte-coreano e o presidente americano, Donald Trump, em 12 de junho em Singapura.

Na ocasião, Kim se comprometeu a obter "a desnuclearização da península", uma meta confusa que permite todo tipo de interpretação. De fato, Washington e Pyongyang ainda tratam de chegar a um acordo sobre o significado exato deste compromisso.

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