Devastação

Passa de 800 o número de mortos na Indonésia

Número de mortos pode subir, pois há dezenas de desaparecidos e mais de 500 feridos - muitos em estado grave; estima-se que 350 mil pessoas tenham sido afetadas pelo terremoto ou pelo tsunami, sendo que 16.732 estão desabrigados ou deslocados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Escombros de shopping destruído na cidade de Palu por terremoto e tsunami
Escombros de shopping destruído na cidade de Palu por terremoto e tsunami (Destruição/AP)

INDONÉSIA - O número de mortos nos terremotos e no tsunami que atingiram a ilha indonésia de Sulawesi dobrou e chegou a 832 em um balanço divulgado ontem. Porém, esse número pode subir, pois 29 pessoas seguem desaparecidas e mais de 500 estão feridas - muitas em estado grave.

Estima-se que 350 mil pessoas tenham sido afetadas pelo terremoto ou pelo tsunami, sendo que 16.732 estão desabrigados ou deslocados desde sexta-feira,28.

A maioria das vítimas foi registrada em Palu, cidade com cerca de 350 mil habitantes na costa oeste da ilha, de acordo com a Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio). Onze pessoas morreram na vizinha Donggala.

O presidente de Indonésia, Joko Widodo, iniciou ontem uma visita às áreas mais afetadas. Ele chegou ao aeroporto de Palu, capital da província, algumas horas depois da sua reabertura para voos comerciais.

“Quero ver eu mesmo e assegurar-me de que a resposta ao impacto do terremoto e do tsunami chega a todos nossos irmãos. Peço a todo o país que reze por eles”, escreveu o presidente no twitter.

A Cruz Vermelha Internacional alertou que ainda há pouca informação sobre Donggala, segunda cidade mais afetada, afirmando ser a situação "extremamente preocupante" no local. Cerca de 277 mil habitantes vivem em Donggala.

As falhas nas comunicações têm dificultado os trabalhos das equipes de busca e salvamento no terreno. As agências internacionais falam em centenas de feridos, que recebem tratamento médico em tendas improvisadas.

Na sexta-feira,28, uma série de terremotos abalou a ilha indonésia de Sulawesi. Um deles, de magnitude 7,5, levou à formação de um tsunami com ondas até 2 metros. A BNPB confirmou a formação do tsunami depois que vários vídeos foram divulgados nas redes sociais.

Apesar da reabertura do aeroporto de Palu, a organização AirNav Indonesia afirmou em comunicado que os voos comerciais serão limitados e que receberão prioridade nas operações de emergência e na ajuda humanitária.

A Força Aérea indonésia mobilizou aviões e helicópteros para que cumpram tarefas de salvamento, assistência humanitária, evacuação e logística.

O chefe da Força Aérea, Yuyu Sutisna, afirmou que serão enviados cem integrantes de unidades especiais. O Ministério de Saúde está organizando a chegada de pessoal e material médico a Palu e as outras zonas afetadas, como Donggala. O Ministério dos Assuntos Sociais enviou para Palu seis cozinhas públicas com capacidade para preparar 36 mil refeições diárias.

Tragédia em Lombok

Uma série de terremotos em julho e agosto matou quase 500 pessoas e deixou cerca de 1,5 mil feridos na ilha turística de Lombok, a centenas de quilômetros a sudoeste de Sulawesi. Milhares de habitantes ficaram desalojados.

Anel de Fogo do Pacífico

A Indonésia está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade vulcânica do mundo: o Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de magnitude moderada.

A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a costa do continente americano, além de Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul.

Em 2004, um tremor de magnitude 9,1, perto da costa noroeste da ilha de Sumatra, gerou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico.

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