Editorial

Fake política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

É fato que as eleições 2018 tem seu ponto forte nas redes sociais. A internet revolucionou a política e levou para seu espaço, quase infinito, toda a discussão acerca do futuro da nação. Não há mais destaque para os programas de TV e inserções. O que o povo quer mesmo é tratar do assunto no meio cibernético. E as discussões são acirradas, com troca de farpas e bombas estourando para todos os lados. Mas, assim como acontece no mundo real, a internet tem um mundo de criminosos, que atuam apenas para disseminar o mal. São as fake news, que assombram as eleições 2018.
As notícias falsas estão espalhadas por toda parte. Falam dos mais variados temas e envolvem políticos e seus familiares em uma teia confusa e, às vezes, complexa de ser afastada, principalmente diante de uma população raivosa e cansada de ver casos de corrupção divulgadas na mídia.
Como não acreditar que político tal está realmente envolvido em crimes e ações irregulares, quando outros tantos já foram presos por isso? Como ter certeza de que aquela informação que chegou ao seu celular como fidedigna, está mesmo correta? Como não entrar no jogo sujo que vem sendo propagado por pessoas inescrupulosas, no afã de angariar mais votos para seu candidato?
A questão é: não adianta esperar que as redes sociais, onde estão acontecendo esta invasão do mal, criem as ferramentas que podem filtrar ou denunciar esse tipo de ação abominável. É mais do que importante e necessário, que cada pessoa entenda, de uma vez por todas, o impacto que uma notícia falsa pode trazer para a sociedade.
Ainda que represente o elo mais fraco da cadeia comandada por inescrupulosos e executada por hackers, a população tem o principal papel, podendo dar cabo desse desserviço, quando simplesmente não se deixa levar pela primeira informação que recebe.
Cabe à população duvidar, questionar, checar e nunca passar adiante um informe do qual não tem certeza ou até imaginava que poderia não ser verdade. Disseminar mentiras nas redes é crime.
Na dúvida, siga alguns passos básicos que poderão garantir paz de espírito e nenhum problema com a lei. Tente saber qual é a reputação da fonte da notícia, se ela é realmente confiável. Se tem CNPJ ou jornalista responsável pelo conteúdo, caso esteja com link de sites e blogs.
Verifique se se trata de um artigo opinativo ou de uma matéria jornalística que ouviu todos os lados e oferece as fontes da informação com links para que você possa consultar.
A informação é passível de discussão jurídica? Pode caluniar ou difamar alguém? Lembre-se que você pode sim ser processado na justiça por uma notícia falsa compartilhada, mesmo que não seja você o autor dela. O simples fato de compartilhar uma calúnia pode causar problemas jurídicos para quem o pratica.
Desconfie de notícias que vêm com fontes de nomes como renomados médicos ou especialistas. Pesquise na internet se esses especialistas existem mesmo e se são referências em seu setor.
Notícias que vêm com reforços para você compartilhar nas redes sociais também são suspeitas. Isso porque o autor da fake news quer fazer com que mais pessoas leiam aquela mentira. Pesquise em mais de uma fonte, veja se grandes veículos de comunicação repercutiram aquela história e principalmente busque o contraditório, ou seja, pessoas que publicaram aquele mesmo conteúdo, mas sob uma ótica diferente.
Respire antes de compartilhar. A notícia não precisa ser compartilhada naquele segundo. Reflita sobre a real importância daquilo e principalmente qual impacto aquilo pode trazer. Crie a sua opinião e ponto de vista e não deixe que criem isso por você. Tenha sempre cuidado com o que compartilha. Em todo o tempo, mas principalmente em um período como este, em que a política está em ebulição.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.