Relações diplomáticas

Papa pede ''confiança, coragem e cautela'' à China

Igreja Católica chinesa esteve dividida entre um grupo considerado clandestino e que segue o Vaticano

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

PEQUIM - O papa Francisco pediu ontem ao governo da China que siga adiante com "confiança, coragem e cautela" para continuar um diálogo iniciado a partir da assinatura de um acordo histórico entre o Vaticano e Pequim para a nomeação de bispos.

Em uma mensagem aos católicos chineses, Francisco ainda disse que, embora devam ser bons cidadãos, não devem deixar de oferecer "uma palavra crítica" quando necessário para defender a dignidade humana.

O acordo, costurado durante mais de 10 anos e assinado no sábado em Pequim, atende ao anseio do Vaticano de opinar na escolha de bispos na China, mas críticos rotularam o pacto como uma capitulação ao governo comunista.

O acordo também pode ser o precursor da retomada das relações diplomáticas com a China depois de um rompimento de mais de 70 anos.

Os cerca de 12 milhões de católicos chineses se dividiram entre uma igreja clandestina leal ao Vaticano e a Associação Católica Patriótica supervisionada pelo Estado. O Vaticano disse que a falta de um acordo poderia ter criado um cisma entre os católicos da China que teria sido difícil sanar.

Em sua carta, Francisco disse ter percebido que alguns católicos chineses que foram perseguidos no passado por sua lealdade a ele podem se sentir abandonados, mas os estimulou a terem fé no novo arranjo pelo bem de todos os católicos do país.

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