Distribuição de guloseimas

Dia de São Cosme e Damião: tradição que se mantém

A data é marcada pela distribuição de doces e guloseimas; devotos cultivam a atividade em homenagem aos santos, que são gêmeos e eram médicos

Igor Linhares / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Comemorada nos dias 26 (para católicos) e 27 (para a umbanda e o candomblé) deste mês, a tradição que celebra São Cosme e Damião é marcada pela distribuição de do­ces e guloseimas. Contudo, a data ainda tem sua origem desconhecida por muitas pessoas.

Irmãos gêmeos, Cosme e Damião eram médicos. Eles vieram da Ásia Menor e, por meio de seus conhecimentos e orações, curavam pessoas e animais gratuitamente. Entretanto, perseguidos pelo imperador romano Deocleciano, os irmãos foram degolados por volta de 300 d.C.

Preparação
Como de praxe, há mais de 20 anos, Maria Benedita Veloso, de 76 anos, ou dona Bibi, como é conhecida pelos mais íntimos e crianças que se dirigem ano a ano à sua casa para receber os doces que ela distribui, disse que é uma satisfação contribuir para a felicidade de cada um dos pequenos.

“É uma devoção que eu tenho com as crianças e com Cosme e Damião. Eu adoro ver o sorriso de cada uma delas. Passo noites preparando doces e outras coisas para o grande dia. Minhas duas filhas, que também adoram a tradição, sempre me ajudam nos preparos”, declarou.

Religiosidade
Segundo o catolicismo, Cosme e Damião são santos e mártires do Império Romano no século IV. Em 26 de setembro, lembra-se o martírio dos irmãos na Síria, em perseguição, quando teriam sido decapitados.

Em suas ações de caridade e evangelização, distribuíam doces a crianças, o que marcou a figura da dupla.
O dia de São Cosme e São Damião também é celebrado no candomblé. Entretanto, neste caso, comemora-se a tradição em 27 de setembro, tendo como referência, dois orixás, os ibejis, divindades africanas. Para o candomblé, eram irmãos gêmeos, que, em troca de brinquedos e doces, resolviam os problemas levados a eles. Para os católicos São Cosme e Damião são considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de Medicina.

Para a umbandista Nadja da Silva, de 46 anos, a tradição da distribuição dos doces surgiu a partir de uma necessidade e se fortaleceu com uma graça alcançada.

“Tudo começou com uma promessa que eu fiz. Meu filho, que é especial, estava precisando de uma cirurgia. Então, me comprometi e, de lá para cá, só estou ten­do graças, pois ele ficou curado. Eu realizo as atividades desde 2005. Corri muito com os preparativos. Vai ter doce, bolo, refrigerante...”

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