Transtornos

Usuários de ônibus reclamam de paradas sem abrigo no Centro

Pontos da Deodoro foram deslocados para a Rua Rio Branco, em decorrência das obras de reforma

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Deslocadas provisoriamente para a Rua Rio Branco em decorrência das obras de requalificação das praças Deodoro e Pantheon e Alameda Go­mes de Castro, no centro de São Luís, as paradas de ônibus não possuem abrigos de proteção. Em consequência disso, passageiros reclamam que não têm como se proteger dos raios solares e da chuva, enquanto aguardam coletivos.

Marquises e cobertas de estabelecimentos comerciais servem para amenizar o problema, mas não suportam a demanda de passageiros, que ficam aglomerados por toda a via. Como forma de se proteger das intempéries, algumas pessoas ficam do outro lado da via, onde há sombra, e quando o ônibus se aproxima, atravessam correndo, o que gera riscos de acidentes.

Mesmo com a temperatura alta que fazia durante a manhã de ontem, 24, o bebê de um mês, de Rosélia Araújo, que tem 38 anos, estava todo agasalhado em um lençol, para se proteger da irradiação solar. “Estou aqui aguardando o ônibus Parque dos Nobres há cinco minutos e não poderia deixar meu bebê exposto ao sol. Mes­mo com esse calor, tiver que enrolá-lo por completo. Precisam colocar abrigos urgentemente, porque desse jeito está complicado”, relatou.

Natural de Miranda do Norte, no interior do estado, o pintor Eliézer Ribeiro, de 59 anos, também reclamou. “Vim aqui em São Luís e pensava que a estrutura era melhor do que na minha cidade, mas quando chego me deparo com esse problema. Não tem condições esperar tanto um coletivo embaixo do sol forte. Devem colocar abrigos. A sorte é a coberta dos estabelecimentos comerciais, mas não comporta todos os passageiros”, disparou.

Perigo
Os passageiros que, para ficar na sombra, aguardam o coletivo do lado oposto às paradas. Quando veem o ônibus chegando, correm para o ponto, com perigo de serem atropelados por algum veículo.

A Rua Rio Branco é uma importante via, onde trafega ônibus do centro com destino ao Terminal da Praia Grande e para bairros, como São Francisco, Renascença, entre outros. O fluxo é intenso durante todo o dia. As calçadas dessa via estão tomadas por comerciantes ambulantes, fato que dificulta a locomoção dos pedestres.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís, para obter um posicionamento do caso, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi enviada.

MAIS CASOS

Paradas de ônibus sem abrigos e sem sinalização são recorrentes em São Luís. Em reportagem publicada no dia 11 de julho deste ano, O Estado mostrou situação parecida na Avenida São Marçal, importante via da capital, que corta os bairros Jordoa e João Paulo. Para se proteger do forte sol ou da chuva, as pessoas ficam sob o teto de estabelecimentos comerciais.

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