Trânsito violento

Em 2 anos, ocorreram mais de 560 mil acidentes no país

Boletim especial mostra que jovens entre 18 e 34 anos representam maior parte das vítimas indenizadas pelo Seguro DPVAT em 2017; entre as capitais, São Paulo, Fortaleza, Goiânia e Rio de Janeiro são as cidades que mais registraram ocorrências

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Legenda/Divulgação

Conforme levantamento, apenas em 2017, foram mais de 245 mil acidentes registrados no país

BRASÍLIA - Até amanhã, 25, a Semana Nacional de Trânsito levanta o debate sobre a importância da segurança nas ruas e da conscientização da população de suas responsabilidades, seja motorista ou pedestre. Dados mostram que, nos últimos dois anos - 2016 e 2017- , mais de 560 mil acidentes ocorreram no país e foram indenizados pelo Seguro DPVAT.

O documento também traz um capítulo com os resultados da pesquisa que a Seguradora Líder - responsável pela administração do Seguro DPVAT no Brasil - encomendou ao Instituto Datafolha para avaliar a percepção da população sobre o comportamento do brasileiro no trânsito. O objetivo é que essas estatísticas sirvam de instrumento para o desenvolvimento de ações de educação e políticas públicas de prevenção de acidentes em todo o Brasil.

De acordo com o levantamento, os jovens de 18 a 34 anos, faixa etária economicamente ativa, são as maiores vítimas do trânsito brasileiro, representando 49% das ocorrências. O boletim reúne números de acidentes ocorridos no período e já indenizados pelo Seguro DPVAT. Apenas em 2017, foram mais de 245 mil acidentes registrados no país. Na maior parte dos casos (68%), as vítimas ficaram com algum tipo de sequela permanente.

Entre os acidentes fatais, chama a atenção também o elevado número de vítimas pedestres: 22% dos casos. Já em relação ao tipo de veículo, seguindo a mesma tendência dos anos anteriores, a motocicleta foi a responsável pela maior parte das ocorrências, 76%, apesar de representar apenas 27% da frota nacional.

Acidentes

As regiões Nordeste e Sudeste lideram o ranking dos acidentes. Entre as capitais, São Paulo, Fortaleza, Goiânia e Rio de Janeiro são as cidades que mais registraram ocorrências e apresentam o trânsito mais violento no país.

A pesquisa, realizada em parceria com o Instituto Datafolha, com uma avaliação da percepção da população sobre o comportamento do brasileiro no trânsito. O estudo ouviu 2.606 homens e mulheres, que apontaram o uso do celular ao dirigir o grande vilão do trânsito. Os entrevistados também acreditam que, apesar do endurecimento das leis, o consumo de álcool ainda é uma das principais causas de acidentes.

Segundo 63% dos brasileiros, a maioria dos motociclistas não respeita as regras de trânsito e está sempre em alta velocidade. Outros 55% disseram que os pedestres não prestam atenção nos semáforos na hora de atravessar as ruas e não usam as faixas de pedestre. Ainda de acordo com a pesquisa, a maior parte da população brasileira (cerca de 80%) acredita que as penas deveriam ser mais duras e considera que a fiscalização de trânsito ainda é ineficiente.

Considerando a realidade da violência nas vias brasileiras, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu como meta a redução, pela metade, do índice de mortes por grupos de habitantes e o índice de mortos no trânsito por grupos de veículos, nos próximos dez anos. Isso significa diminuir a proporção de vítimas fatais em relação à população e ao número de veículos de cada localidade. A meta integra o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), criado em janeiro deste ano.

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