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Baixaria de Xuxa e Marlene

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Dona Denise Mendes de Carvalho, maranhense que é fã de Alcione desde o seu início de carreira, estava festejando 89 anos e fez questão de ir cumprimentá-la no camarim
Dona Denise Mendes de Carvalho, maranhense que é fã de Alcione desde o seu início de carreira, estava festejando 89 anos e fez questão de ir cumprimentá-la no camarim (PH01)

Virou baixaria pura a relação da empresária maranhense Marlene Mattos e Xuxa Meneghel, cuja sociedade foi encerrada em 2002. Em entrevista à revista Caras Argentina, Xuxa disse que todos os seus negócios eram gerenciados por Marlene e que demorou a perceber que estava perdendo dinheiro, sem contar que nunca soube o quanto realmente ganhava com seus shows. Acusada de roubo, Marlene afirmou ao site Uol que estuda processar a apresentadora que em março completou 55 anos.

Vale-tudo
Em época de campanha eleitoral, o vale-tudo das promessas ganha terreno na propaganda de rádio e TV, na internet e nos panfletos distribuídos nas ruas.
Em geral, a maior parte dos exageros tem origem nos candidatos a deputado estadual, deputado federal e a senador, muitas vezes por causa da acirrada concorrência.
No Maranhão, são 535 postulantes para 42 cadeiras na Assembleia Legislativa, 213 a 18 vagas na Câmara e 11 a dois lugares no Senado.

Vale-tudo 2
Estamos acompanhando a propaganda e recolhendo propostas. E submetemos as promessas de candidatos a deputado estadual ao crivo de graduados servidores da Assembleia Legislativa e pedimos a um analista político, que acompanha há vários anos o dia a dia do Congresso, para avaliar as propostas dos candidatos a senador e a deputado federal.
Para ele, a profusão de promessas descabidas em época de eleição é fruto de desinformação dos eleitores sobre o papel dos parlamentares.

Vale-tudo 3
A maioria das pessoas não sabe o que faz um senador ou deputado, nem mesmo as atribuições e competências de cada instituição ou poder da República.
Muitos candidatos se aproveitam dessa confusão e apresentam propostas que nem sequer estão na sua alçada, tipo o que promete, por exemplo, “Lutar pela inclusão do Maranhão no plano nacional da malha ferroviária”. Não existe um plano nacional da malha ferroviária, mas sim o Plano Nacional de Logística (PNL). Deputados estaduais não têm competência institucional para incluir o Maranhão no PNL.
Ou: “Garantir acesso e permanência no Ensino Superior”. Não é competência estadual legislar sobre o Ensino Superior.
Ou, ainda: “Contra as drogas, o aborto e a pedofilia”. A Constituição Federal é clara ao estabelecer que compete exclusivamente à União legislar sobre Direito Penal.

Vale-tudo 4
Promessas de candidatos a deputado federal tipo “Imposto zero para remédios”. Deputados não podem zerar tributos do governo federal sem apresentar fonte alternativa de receita.
Outros garantem: “Vamos fazer o Estado crescer”. Nenhum deputado federal tem poder de gerar crescimento econômico nos Estados. O máximo que um parlamentar pode é apresentar projetos de lei de incentivo a determinados setores da economia ou acrescentar emendas em iniciativas legislativas do governo federal.

Vale-tudo 5
Há também propostas inviáveis de candidatos a senador. Como, por exemplo, regular o preço da energia elétrica. Nenhum senador consegue regular preços. É papel dele sabatinar e aprovar, ou não, os integrantes das agências reguladoras.
Outra promessa: “Vamos gerar mais empregos”. Um senador pode trabalhar na perspectiva de aprovar políticas públicas de estímulo à economia. Em geral, pode contribuir com ideias, votar a favor de iniciativas que ampliam o mercado de trabalho, mas não tem como gerar emprego.

TRIVIAL VARIADO

O decorador piauiense Luis Figueiredo, que tem sido figura constante em São Luís decorando festas de 15 anos e casamentos, comemor nova idade no dia 29 e vai receber amigos no Espaço Coco-Bambu de Teresina.

Estão certíssimos os políticos ao observarem um fato que diz muito sobre o nosso momento: a eleição de outubro passa pelo hospital e pela cadeia, mais do que por qualquer outro lugar.

Um grupo de São Luís vai ao Rio de Janeiro no fim desta semana especialmente para participar da programação de aniversário de Cida Valadão, que vai estar por lá com o marido José Aparecido Valadão, mais filhos e noras.

A existência de trânsfugas nos partidos não é novidade e se repete a cada campanha eleitoral. Chama a atenção dos que têm memória curta. A tentação de acompanhar os que lideram as pesquisas é desvio de oportunistas com olho pregado em vantagens futuras.

Em sua rápida circulada por São Luís no fim de semana, para participar da comemoração dos 66 anos do empresário Nelson Frota, José Teixeira e Mariem conferiram lugares da moda como Petisqueira da Mamãe e Alameda Trinta.

Nas semanas que antecedem as eleições, surgem sempre os contestadores das urnas eletrônicas, gerando dúvidas. Tiveram três anos e 11 meses para reunir provas e ingressar na Justiça para impedir o uso da Informática na votação e apuração. Ficaram em silêncio e agora tentam criar algum tumulto.

Nesta terça-feira 25, quem comemora nova idade com um jantar no bistrô Alameda Trinta, é o juiz de Direito Rogério Rondon, que forma com a também juíza Gisele Rondon, um dos casais mais charmosos desta cidade.

Teste de coragem para qualquer candidato: chegar em uma gráfica e dizer que precisa de muitos impressos, mas que o pagamento só poderá ocorrer depois do dia 7. Corre o risco de ver, subitamente, cair um balde de tinta na roupa.

O filósofo e professor Mario Sergio Cortella, que veio palestrar na festa dos 60 anos do Dom Bosco, é o nome mais cotado para ser ministro da Educação num possível Governo Fernando Haddad.

DE RELANCE

Uma corrida maluca
Faço coro com o jornalista Tulio Milman quando diz que olha para os números e para a rua e que hoje não há perspectiva de um cenário positivo no desfecho dessa corrida maluca, que já teve tiros, facada e cadeia. O impeachment e suas circunstâncias desarrumaram o país de um jeito tal, que a eleição de outubro, ao invés de pacificar, irá acentuar as mágoas e o radicalismo.

Bolsonaro x Haddad
Realmente, se Bolsonaro vencer, a esquerda promoverá um cerco destrutivo ao governo. Não só no parlamento, mas nas esferas em que tem legítimos representantes. Se Haddad vencer, enfrentará o antipetismo gigante que se espalhou pelo país. Um partido com boa parte da sua cúpula na cadeia terá dificuldades para se equilibrar no poder. Se Bolsonaro e Haddad forem derrotados, o bolsonarismo e o lulismo não desaparecerão. Ao contrário. Permanecerão no centro do palco, como soluções milagrosas que não puderam acontecer, inflamadas pelas teorias de golpe, esquerdopatia, coxinhismo e petralismo.

Voto e futuro
Numa visão de processo histórico, talvez precise piorar ainda mais antes de melhorar. Há muita energia negativa acumulada e ela precisa se dissipar. A democracia oferece canais para isso - voto e livre expressão. Mas parece não ser suficiente. As boas notícias: 2022 é logo ali e o Brasil não vai acabar. Enquanto isso, só precisamos de uma única promessa e de um único compromisso, não apenas dos candidatos, mas de cada um de nós: serenidade. Essa palavra, no Brasil de hoje, não garante votos. Mas garante futuro.

Deputados Estaduais
O que fazem os deputados estaduais? São eles que fazem as leis do Estado. Eles são soberanos para propor regras desde que não contrariem os princípios da Constituição. Também podem alterar antigas ou revogá-las. Os deputados também fiscalizam o governo do Estado, votam o orçamento, aprovam indicações para a direção de agências reguladoras estaduais, e aprovam concessão de títulos de cidadania e de medalhas de honra ao mérito. Neste ano, serão eleitos 42 deputados para a Assembleia Legislativa.

Deputados Federais
E os deputados federais? A Câmara é formada por 513 deputados federais que representam a população brasileira. São eles os responsáveis por fazerem leis que valem em todo o Brasil. Todos os Estados e o Distrito Federal têm representantes na Câmara, e o número é proporcional à população de cada unidade do país, variando de oito a 70. O Maranhão vai eleger 18 representantes na Câmara.

Deputados Federais 2
O deputado federal não se ocupa de questões regionais, dos Estados. O seu candidato deve estar preparado para impactar o futuro do país. Ele pode propor novas leis e alteração ou revogação da legislação já existente, incluindo a própria Constituição, fiscaliza o governo, vota o orçamento da União e apresenta emendas destinando verbas para Estados e municípios.

É muito cansaço
O confronto político tradicional envolve crítica ao adversário, claro. Valorizar sua proposta implica referência e comparação com aquelas dos adversários. E o cenário atual é temperado por três grandes crises que demandam propostas: uma econômica, que diminui o emprego e a renda do cidadão; uma da segurança pública, que nos trancafia cada dia mais cedo em casa; e a crise política, que se manifesta pelo descrédito aos políticos e o que eles representam para a democracia.

É muito cansaço 2
E, justamente nesta arena hostil, estamos acompanhando uma campanha política que do ponto de vista do debate de ideias beira a esterilidade. Campanha esta que deve oferecer como resultado a menor renovação dos quadros parlamentares da história. Ou seja, parece que não há nada melhor do que o caos para manter as coisas como estão. Que baita contradição existencial!

Para escrever na pedra:
“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”. De Ariano Suassuna, romancista e poeta pernambucano.

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