Editorial

Vamos falar sobre Alzheimer

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Hoje é o Dia Mundial da Conscientização do Alzheimer. A doença é caracterizada como degenerativa, progressiva e irreversível, e não tem cura, mas pode ser tratada a fim de amenizar os sintomas. O Alzheimer afeta a memória, a fala e a noção de espaço e tempo do paciente podendo provocar apatia, delírios e, em alguns casos, comportamento agressivo. Um dos primeiros sintomas é a perda de memória para fatos recentes.

Dados da Associação Internacional do Alzheimer (ADI), apontam que há cerca de 36 milhões de indivíduos portadores do Mal de Alzheimer no mundo. Para 2030, a previsão é que o número aumente 85%. A estimativa revela que a América Latina tropical, onde está localizado o Brasil, será a região com maior aumento percentual, cerca de 146%.

Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), no Brasil há cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade e 6% destes sofrem de Alzheimer. Nos EUA é a quarta doença que mais mata pessoas idosas entre 75 e 80 anos, perdendo apenas para o infarto, o derrame e o câncer.

O Alzheimer é responsável por 60% dos casos de demência em idosos. De acordo com estudos sobre a doença, depois dos 65 anos de idade, a chance de alguém desenvolver a doença de Alzheimer duplica a cada cinco anos. Com 85 anos de idade, as chances são de 50%. Pesquisas realizadas pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) apontam que 95% das vítimas morrem até cinco anos após apresentar os primeiros sintomas.

A pessoa com Alzheimer perde aos poucos as funções intelectuais, reduzindo as condições de trabalho, relações sociais, pois seu comportamento e personalidade recebem interferência dos sintomas.

Primeira prejudicada é memória mais recente, que vai sendo perdida, e é comum a pessoa lembrar-se com precisão dos acontecimentos passados, mas esquecer situações simples, como o que almoçou naquele dia. A capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem, também vão se perdendo, com a evolução da doença.

E a pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.

É importante manter uma rotina de passeios no jardim, à padaria e nas proximidades de casa, onde a pessoa possa interagir, mas em locais calmos, já que o barulho pode aumentar o nível de confusão, deixando a pessoa mais agitada ou agressiva.

O ideal é não expor o doente a ambientes barulhentos e muito cheio de pessoas, pois aquilo os incomoda e desorienta, fazendo com que sintam necessidade de sair dali. O que aumenta a possibilidade de fuga e perda da pessoa.

Para evitar que uma pessoa com Alzheimer saia de casa sozinha e se perca, o que é muito comum acontecer, é importante não deixar chaves de portas de casa, portões e até mesmo de carros à vista. Avise aos vizinhos que você tem uma pessoa com Alzheimer em casa, e passe o nome do doente e o telefone da casa. Faça uma pulseira ou um cordão de identificação, contendo nome, endereço e números de telefone. Caso a pessoa seja encontrada por um desconhecido, ele terá as informações necessárias para ajudar a pessoa com Alzheimer a voltar para casa.

Como todo doente, a pessoa com Alzheimer merece respeito e deve ser tratada com carinho e atenção. Cuidados básicos a serem feitos, podem e devem garantir sua segurança. Seus familiares, como seus tutores, devem zelar pelo paciente e mantê-lo seguro.

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