Aumento gradativo

Síndrome Respiratória ocasiona 33 óbitos no Maranhão

Ao todo, 179 casos da doença foram registrados durante este ano; síndrome é ocasionada pelos vírus da gripe A (H1N1), A (H3N2), A (não subtipado), Influenza B, Influenza C e outros

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Pessoa é imunizada contra a gripe em posto, para prevenção à doença
Pessoa é imunizada contra a gripe em posto, para prevenção à doença (vacina gripe)

SÃO LUÍS - Subiu para 33 o número de óbitos no Maranhão, em consequência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os dados foram contabilizados pelo Ministério da Saúde (MS) até o último dia 10 de setembro e divulgados no site da instituição. Ao todo, são 179 casos da doença foram registrados durante este ano no Estado. A síndrome é ocasionada pelos vírus da gripe A (H1N1), A (H3N2), A (não subtipado), Influenza B, Influenza C e por outros vírus respiratórios, e requer um diagnóstico e tratamento urgente, de acordo com pneumologistas.

Do número total de mortes, a síndrome foi provocada em seis dos casos pelo vírus A(H1N1), três pelo vírus A (não subtipado), um por outro tipo de vírus respiratório, um por outro agente etiológico; 21 casos não foram especificados e outro caso está em investigação, conforme o último boletim atualizado pelo Ministério da Saúde (MS). O vírus A(H1N1) é um dos principais causadores da síndrome: são 27 casos contabilizados provocados por esse vírus, sendo seis mortes registradas.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma complicação, um quadro de agravamento da síndrome gripal (SG), em que, além de apresentar os sintomas gripais como febre, tosse, dor de garganta, dor de cabeça ou no corpo, a pessoa passa a apresentar também dispneia ou desconforto respiratório, piora nas condições clínicas de doença de base e hipotensão em relação à pressão arterial habitual.

Histórico:

Reportagem de O Estado publicada no dia 29 de agosto deste ano mostrou que a síndrome já havia provocado 31 mortes. Este número aumenta gradativamente. Publicação do dia 23 de junho, a reportagem apurou que a doença havia ocasionado a morte de 22 pessoas. No dia 09 de junho, o número de vítimas mortas era de 12.

Indagado sobre o aumento gradativo do número de mortes principalmente no período de chuvas, o pneumologista Pedro Springer explicou que era em razão das condições climáticas. “O aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave acompanha os períodos de outono e inverno. As pessoas ficam mais vulneráveis aos vírus da gripe. Por isso, temos mais casos surgindo. A melhor forma de prevenção é tomar a vacina da gripe, anualmente. Mas existem outras formas, como a higiene respiratória, ou seja: quando o doente espirrar ou tossir no ambiente, usar lenço ou espirrar no cotovelo e além disso manter a casa arejada”, ressaltou o pneumologista Pedro Springer, da Santa Casa de Misericórdia Hospital do Coração José Murad.

Alerta:

Com os sintomas e principalmente dificuldades respiratórias, o paciente deve procurar um médico o mais rápido possível para ser iniciado o tratamento. É uma síndrome pouco abordada, e as pessoas pensam que é apenas uma gripe, sem tanta gravidade, conforme especialistas.

Crianças, idosos, professores e gestantes são os públicos mais vulneráveis à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e devem tomar a vacina da gripe, que é a forma mais eficaz de combater a gripe e a sua gravidade, segundo especialistas.

Fique por dentro

Segundo pneumologistas, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRGA) é a gripe de forma grave. Além do paciente ter os mesmos sintomas de um simples resfriado, também sente dores no corpo, febre, indisposição e, principalmente, dificuldades respiratórias. O diagnóstico da doença é baseado nos sintomas e também por meio de exames de sangue e secreção respiratória. Além disso, é utilizado o oxímetro, um aparelho que mede a oxigenação no sangue, pois doenças respiratórias podem baixar a oxigenação.

O tratamento da síndrome é realizado com Tamiflu (fosfato de oseltamivir). Esse medicamento reduz a proliferação dos vírus da gripe, influenza A e B, pela inibição da liberação de vírus de células já infectadas, inibição da entrada do vírus em células ainda não infectadas e inibição da propagação do vírus no organismo. Há redução da duração dos sinais e sintomas da gripe, da gravidade da doença e da incidência de complicações associadas à gripe. O tratamento deve ser iniciado dentro do primeiro ou segundo dia do aparecimento dos sintomas de gripe.

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