Propor soluções

Educação é avaliada por estudantes e especialistas

Movimento Mapa Educação realizou na última terça-feira,18, e ontem a primeira edição da Conferência Estadual Mapa Educação

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Problemas enfrentados por professores e estudantes foram debatidos ontem na conferência
Problemas enfrentados por professores e estudantes foram debatidos ontem na conferência (De Jesus/Educação)

SÃO LUÍS - Evasão escolar, falta de estrutura nas unidades de ensino e desvalorização da carreira de professores são algumas dos problemas da Rede Pública de Ensino do Maranhão e também do Brasil, de acordo com um levantamento do Movimento Mapa Educação, criado por jovens brasileiros formados nas principais universidades do mundo, que realizou na última terça-feira,18, e ontem a primeira edição da Conferência Estadual Mapa Educação no auditório da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), em São Luís.

“A evasão escolar está muito atrelada a falta de incentivo aos estudantes. Tem alunos que, por não ter passagens de ônibus, não conseguem ir à escola. O governo deve oferecer um auxílio, uma bolsa assistencial. Em relação a estrutura das escolas, o Maranhão deu até uma melhorada, mas ainda falta muito. As escolas precisam oferecer tecnologias necessárias para o aprendizado, além de equipamentos primordiais, como computadores, que auxilia no aprendizado e no trabalho do professor. Os docentes precisam de formação continuada, valorização da profissão”, relatou Arão Mota, coordenador da primeira conferência do Movimento Mapa Educação e estudante do Instituto Federal do Maranhão (IFMA).

A conferência também tem como um dos seus objetivos propor soluções para melhorar a Educação do país. “Estamos todos reunidos para encontrar soluções. As problemáticas já sabemos e agora queremos encontrar soluções imediatas e concretas. Nós estudantes maranhenses e brasileiros necessitamos de uma Educação de qualidade”, ressaltou Arão.

O evento contou com discussões e painéis de formação com especialistas e influenciadores para que os participantes tivessem a oportunidade de aprender a desenvolver projetos que impactem sua instituição, cidade ou estado, formando uma rede de agentes transformadores, conforme informou os organizadores.

Em reportagem publicada no dia 14 de agosto, O Estado mostrou que professores da Rede Pública de Ensino do Maranhão estavam apreensivos por causa dos constantes casos de violência nas escolas situadas em São Luís, como assaltos, tráfico de drogas, brigas entre alunos, ameaças e até mesmo sequestro, por exemplo. Diante desse caso, o Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal da capital maranhense (Sindeducação) contratou um psicólogo a fim de oferecer um tratamento para esses profissionais, que segundo a presidente da entidade, Elisabeth Castelo Branco, vivem com medo e atribulados.

“Tivemos registros aqui no Sindicato de diversos professores assaltados no ambiente de trabalho e na porta da escola. Um caso que chamou atenção foi o da professora que foi raptada. Além disso, os educadores sofrem com a falta de condição de trabalho, a insegurança que reina nas unidades de ensino. A escola não oferece dignidade, nem aos professores e nem aos alunos que querem estudar. Isso está gerando um desgaste físico e emocional, prejudicando o aprendizado e a ministração das aulas. Contratamos um psicólogo, para oferecer tratamento aos profissionais que estão assustados e com dificuldades de exercerem a sua profissão”, revelou a O Estado, Elisabeth Castelo Branco, na época.

Mais

O Sindeducação informou que em razão de obras, diversas escolas da capital maranhense ficaram sem aulas este ano. Algumas, inclusive, nem tinha iniciado o ano letivo. “Cerca de12 escolas estavam com as aulas suspensas. Ninguém sabe quando será concluída. Os estudantes são os mais afetados. A Unidade de Ensino Básica Professor Mata Roma, na Cidade Operária, está numa situação precária. Não tem infraestrutura boa. A Darcy Ribeiro, na Avenida Africanos, está com a quadra destruída. Lamentável a Educação pública”, afirmou Elisabeth Castelo Branco, em agosto deste ano.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.