Coreias

Kim diz que cúpula com Trump estabilizou segurança regional

Presidente norte-coreano recebe visita do presidente sul-coreano para novas rodadas de negociações entre as duas Coreias

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Moon Jae-in fala e Kim Jong Un assiste a uma apresentação de arte no Pyongyang Grand Theatre
Moon Jae-in fala e Kim Jong Un assiste a uma apresentação de arte no Pyongyang Grand Theatre (Reuters)

PYONGYANG - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse ontem que a cúpula "histórica" entre ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabilizou a segurança regional, e que espera mais progressos em uma cúpula intercoreana que visa retomar as estagnadas negociações diplomáticas sobre o programa nuclear norte-coreano.

Na abertura da terceira rodada de negociações entre as duas Coreias, em Pyongyang, Kim agradeceu ao presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, por intermediar a cúpula entre EUA e Coreia do Norte em Cingapura, em junho.

"Graças a isso, a situação política na região se estabilizou, e espero resultados mais avançados", disse Kim a Moon, referindo-se ao encontro de Cingapura, no início de suas conversas.

A cúpula entre Kim e Moon será um teste decisivo para outra reunião que Kim propôs recentemente a Trump, com o presidente sul-coreano procurando elaborar uma proposta que combine uma estrutura para a desnuclearização do Norte e uma declaração conjunta que encerra a Guerra da Coreia (1950-53). Moon expressou gratidão pela "ousada decisão de Kim de abrir uma nova era".

A primeira sessão das negociações, que durou duas horas, foi realizada na sede do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores do Norte, com as presenças do vice-presidente do partido, Kim Yong Chol, e de Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong-un, e também com o assessor de segurança nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, e o chefe de espionagem sul-coreano, Suh Hoon.

Mais cedo, os líderes desfilaram pelas ruas de Pyongyang na limusine Mercedes preta de Kim, em meio a aplausos de quase 100 mil norte-coreanos que acenaram com flores e gritavam "Pátria! Unificação!".

Kim recebeu Moon com abraços e apertos de mão quando o líder sul-coreano desembarcou na capital norte-coreana com a missão de retomar o ritmo de conversas de desnuclearização entre Estados Unidos e Coreia do Norte, e de avançar com a possibilidade de encerrar formalmente a Guerra da Coreia.

Expectativa

À medida que Kim acompanhava Moon à residência destinada a convidados do Estado, onde o presidente sul-coreano ficará hospedado durante sua visita de três dias, Kim disse querer produzir um "resultado maior em um ritmo mais rápido" do que os dois líderes alcançaram até agora.

"Você, sr. presidente, está viajando por todo o mundo, mas nosso país é humilde comparado a nações desenvolvidas", disse Kim a Moon. "Tenho esperado e esperado por hoje. O nível da acomodação e do programa que fornecemos pode ser baixo, mas é com nossa maior sinceridade e coração."

Moon disse que é "tempo de dar frutos", e agradeceu Kim por sua hospitalidade, que incluiu uma enorme cerimônia de boas-vindas no aeroporto internacional de Pyongyang.

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