Desaparecimento

PMs suspeitos no sumiço de dois colegas voltam a prisão

Tenente Josuel e os soltados Viana e Glaydstone, são suspeitos do desaparecimento do soltado Carlos Alberto e do cabo Júlio César, em 2016, em Buriticupu

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Tenente Josuel e os soltados Viana e Glaydstone voltaram à prisão no quartel
Tenente Josuel e os soltados Viana e Glaydstone voltaram à prisão no quartel (Militares na prisão)

SÃO LUÍS - O comando da Polícia Militar afirmou, ontem, por meio de nota, enviada pela assessoria do governo, que o tenente Josuel Alves de Aguiar e os soldados Tiago Viana Gonçalves e Glaydstone de Sousa Alves, foram mais uma vez presos, acusados pelo desaparecimento do cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino de Sousa. Os dois militares foram visto pela última vez no dia 17 de novembro do ano de 2016, na cidade de Buriticupu.

De acordo com a cúpula da Polícia Militar, a prisão foi em cumprimento a uma ordem de judiciário, expedida pelo juiz auditor militar Nelson Melo de Moraes Rêgo, no último dia 10. Os presos estão recolhidos há uma semana em uma das celas do presídio militar, conhecido como Manelão, na sede do comando da Polícia Militar, no Calhau.

Em maio do ano passado, o tenente Josuel e o soldado Tiago Viana foram presos no interior do estado. O soldado Glaydstone foi em junho. Os três, após alguns meses foram soltos por determinação do Poder Judiciário.

Investigação

O desaparecimento do cabo Júlio César e do soldado Carlos Alberto começou a ser investigado pela delegacia de Polícia Civil de Buriticupu, mas por determinação da cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), passou para o comando da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), sob a coordenação da Nilmar da Gama, que no momento é titular da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).

Segundo a polícia, por meio de uma testemunha, identificada como Aceval de Melo, o Dal, chegou-se a um dos envolvidos. Aceval declarou que no dia do fato o tenente Josuel teria ligado para o celular do soldado Carlos Alberto, convidando-o para irem buscar um caminhão e um trator.

Aceval de Melo informou, também, que antes do desaparecimento do soldado Alberto e do cabo Júlio César teria visto os militares em um veículo Triton, em companhia do tenente Josuel e dos soldados Viana e Glaydstone. A testemunha ainda chegou a ir ao quartel de Buriticupu pedir informações sobre os militares desaparecidos, mas acabou ameaçado pelos suspeitos.

Durante as investigações foi apreendido o chip utilizado pelo tenente Josuel na ligação para o celular do soldado Carlos Alberto. Esse chip, segundo a polícia, era do celular de um preso de Vitória do Mearim e foi utilizado por Josuel na ligação para Carlos Alberto.

A polícia também constatou que os policiais desaparecidos teriam cometidos ações ilegais em Buriticupu, assim como o tenente Josuel e os soldados Viana e Glaydstone. Para a polícia, esses militares fariam parte de uma organização criminosa que é suspeita de cometer crimes de extorsão, ameaça, roubo e apropriação indébita na região de Buriticupu.

Saiba mais

No dia do desaparecimento, Carlos Alberto se apresentou às 8 h na 14ª Companhia Independente da Polícia Militar, mas saiu mais cedo. Já o cabo Júlio César da Luz Pereira, era lotado no município de Estreito, mas estava de licença médica e por isso, morava em Buriticupu.

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