Governo britânico

Prefeito de Londres defende outro plebiscito sobre o Brexit

Reino Unido enfrenta duas opções, um "acordo ruim" ou "nenhum acordo", diz Sadiq Khan em artigo publicado ontem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

LONDRES - O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, criticou a negociação do governo do Reino Unido sobre o Brexit e pediu a convocação de um segundo plebiscito sobre a saída do país da União Europeia (UE), em artigo publicado ontem, 16.

A saída foi aprovada em plebiscito em junho de 2016 e marcada para 29 de março de 2019. A primeira-ministra Theresa May costurou um acordo, mas a iniciativa encontra oposição no governo britânico.

Londres e Bruxelas, sede do governo da UE, devem alcançar um acordo antes da cúpula europeia de 18 e 19 de outubro para poder organizar o divórcio. No entanto, a seis meses para a saída, as negociações não avançam, despertando o temor de que não se chegue a um acordo.

Segundo Khan, o Reino Unido enfrenta duas opções, um "acordo ruim" ou "nenhum acordo", afirmou o prefeito no jornal "The Observer".

Na sua opinião, o debate atual está centrado nas ambições políticas do ex-ministro de Exteriores Boris Johnson, em vez de falar sobre a importância de concretizar um pacto com a UE.

Nos últimos dias, os meios de comunicação revelaram que vários deputados conservadores eurocéticos se reuniram em Londres para estudar como desafiar a liderança da primeira-ministra, Theresa May, por se oporem a sua proposta de Brexit suave, contida no conhecido como plano "Chequers".

Esta proposta contempla criar uma área de livre-comércio para bens depois do Brexit, o que evitaria os controles de alfândegas e manteria aberta a fronteira com a Irlanda, algo que os eurocéticos rejeitam.

O prefeito de Londres admitiu que não imaginava pedir a convocação de um segundo plebiscito, mas que está cada vez mais alarmado com a caótica "situação das negociações com Bruxelas, cercadas de confusão e um ponto morto".

"É por isso que é necessário um voto da população sobre qualquer acordo do Brexit alcançado pelo governo, ou uma votação em caso de que não haja acordo, junto com a opção de permanecer na UE", acrescentou Khan.

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