Atentado contra a vida

Número de suicídios aumentou 21% em um ano, na Grande Ilha

Dado é da organização de evento realizado na manhã de ontem (16), no Centro Histórico para chamar a atenção acerca dessa questão na capital

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Dados de entidades sociais apontam que o número de suicídios na Grande Ilha tiveram uma elevação, em um ano, de até 21%. Segundo informações repassadas pela direção das Obras Sociais Lar do José – entidade ligada às ações de apoio aos mais necessitados na cidade – a quantidade de pessoas que tiraram suas vidas de agosto de 2017 para o mesmo mês de 2018 passou de 46 para 56 pessoas. Pensando em frear este índice, organizações da sociedade civil promoveram, na manhã de
ontem, um ato público na Feirinha da Praça Benedito Leite chamando a atenção para o problema.

Participaram do evento entidades como a Associação de Médicos Espíritas e a Federação Espírita do Maranhão. De acordo com Artel Mafra, ligado à Federação Espírita, até mesmo pessoas mais jovens estão recorrendo ao suicídio. “Temos registros de crianças se matando. Isso é muito grave. Nestes casos, é preciso entender o problema e tentar resolvê-lo o quanto antes”, disse.

Precisamos convocar as autoridades. A sociedade precisa falar sobre o tema de forma mais aberta, buscando soluções e identificando possíveis falhas no combate”
Jacob Martins, representante das Obras Sociais Lar do José

Segundo ele, o suicídio está normalmente ligado a outras questões, como depressão por exemplo. Para Jacob Martins, das Obras Sociais Lar do José, trata-se de um problema mundial. “Dados ainda apontam que a cada 40 segundos, uma pessoa se mata em todo o mundo. No Brasil, dura 45 minutos para uma pessoa tirar a própria vida. É preciso chamar a atenção da sociedade para um problema muito grave e que pode destruir famílias”, afirmou.

No dia 10 deste mês, foi lembrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. É neste mês que entidades ligadas ao tema promovem a campanha nacional Setembro Amarelo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. “Precisamos convocar as autoridades. A sociedade precisa falar sobre o tema de forma mais aberta, buscando soluções e identificando possíveis falhas no combate”, frisou Jacob Martins.

SAIBA MAIS

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma organização não governamental fundada em 10 de março de 1962 que busca valorizar a vida e prevenir o suicídio através de apoio emocional. A entidade atende de maneira voluntária e gratuita.
Quem precisar de apoio, pode ligar 188 e será atendido pelos voluntários.

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