Condenação

Tribunal do Júri condena acusado de homicídio no Fumacê

Rogério Pinheiro Dias, o Lambaú, foi condenado a mais de 19 anos por tortura e decapitação de sua vítima; os seus comparsas não foram julgados

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

SÃO LUÍS - O ajudante de pedreiro Rogério Pinheiro Dias, o Lambaú, foi condenado a 19 anos e três meses de reclusão pela tortura e decapitação de João de Deus Cruz Campos, o Joãozinho, fato ocorrido no dia 7 de março de 2016, no bairro Fumacê, área Itaqui-Bacanga. Ele foi julgado nesta sexta-feira, 14, pelo 2º Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. A sessão foi presidida pela juíza Vanessa Clementino.

Nesse julgamento teve a participação do promotor de Justiça Rodolfo Reis e a defesa do réu foi feita pelo advogado Gilson Amorim Mendes. Dois policiais civis foram ouvidos como testemunhas e o réu também foi interrogado.

Por esse crime também foram denunciados, Danielson Rodrigues Pereira, o Zonzon; Glaydison Serra Teixeira, o Badu; José Marcos Pinto Torres, o Marquinhos, e Jonas Silva Santos, o Jotabê. O processo com relação a Lambaú foi desmembrado, e os demais acusados serão julgados posteriormente.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, João de Deus Cruz Campos estava sentado na calçada da casa de um ex-policial, no bairro Fumacê, quando Rogério Pinheiro Dias, acompanhado dos outros denunciados e de um adolescente, imobilizaram e arrastaram a vítima para um terreno.

Após ser torturado e espancado com chutes e golpes de facão e de pá, a vítima foi jogada de cima de uma laje e arrastado até uma área de matagal, onde, ainda vivo, foi degolado. Os acusados levaram o corpo da vítima para o outro lado da BR-135, na área Itaqui-Bacanga, e a cabeça foi jogada no terreno de uma mineradora.

Rogério Pinheiro Dias foi condenado por homicídio triplamente qualificado pelos motivos torpe, cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A motivação desse assassinato teria sido porque a vítima não dividiu com os acusados o dinheiro oriundo da venda de fios de cobre furtados de uma mineradora. Segundo o promotor de Justiça, a vítima e os réus costumavam se reunir para usar drogas juntos. Rogério Dias responde a outro processo na 3ª Vara do tribunal do Júri de São Luís.

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