Desempenho

Maranhão volta a cair em ranking que avalia gestão pública no país

Nota da gestão do governador Flávio Dino é a 2ª pior de todo o Brasil, ficando à frente somente do Acre; nos últimos anos, índice maranhense caiu 10 pontos; dados foram divulgados na revista Veja

Gilberto Léda/ Carla Lima

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Gestão Dino teve nota zero no pilar sustentabilidade social que envolve questões como mortalidade infantil
Gestão Dino teve nota zero no pilar sustentabilidade social que envolve questões como mortalidade infantil (Flávio Dino)

SÃO LUÍS - Reportagem da revista Veja publicada na sexta-feira, 14, informou números da edição 2018 do Ranking de Competitividade, do Centro de Liderança Pública (CLP), e confirmou que o Maranhão segue em queda quando o assunto é gestão pública.


Com o segundo pior índice (32,6) - e tendo perdido uma posição em relação ao levantamento de 2017 -, a gestão Flávio Dino (PCdoB) está à frente apenas do Acre (31,4).


Segundo a revista Veja, o ranking é composto a partir da seleção de 68 indicadores, distribuídos em 10 pilares temáticos entre eles Infraestrutura, solidez fiscal, sustentabilidade social, segurança pública e eficiência da máquina.

Evolução
Essa é a terceira queda seguida no ranking desde 2015, quando o comunista assumiu o governo.
Naquele ano, primeiro da gestão Dino, o Maranhão figurava na 20ª posição, com índice de 43,1.
Depois disso, em 2016, a primeira queda da atual administração: o estado perdeu três posições, caindo para 23º, com índice de 34,3. Em 2017, duas posições a menos e índice 31,5.
Agora, em 2018, apesar da discreta alta no índice, a gestão comunista não acompanhou o desempenho de outros estados, tendo sido ultrapassado por Amapá e Sergipe e ficando à frente apenas do Acre.


No total, ao longo desses quatro anos, são 10 pontos e seis posições a menos.


Pilares
O pilar em que o Maranhão tem pior desempenho é o de sustentabilidade social, cuja nota foi zero. Neste pilar, estão questões como saneamento básico (esgoto), cuja nota é 12,6; famílias abaixo da linha da pobreza, que tem nota zero; inadequação de moradia, que também é zero; mortalidade infantil, nota 43,9; e inserção de jovens no mercado de trabalho, que tem nota 1,1.


Se comparar este pilar de 2018 - o pior de todos registrados no Ranking dos Estados - com anos anteriores, é possível perceber como o Maranhão regrediu nas políticas relacionadas a sustentabilidade social. Um exemplo é sobre a inserção de jovens no mercado de trabalho. Em 2015, quando Flávio Dino assumiu o governo, o Maranhão ocupava a 18ª posição, caindo em três anos oito posições e ficando na 26ª.


Na Educação, outro pilar que faz parte dos dados para compor o Ranking dos Estados, o Maranhão obteve nota 10, ficando na 20ª posição. Algumas questões integram este pilar. Uma delas diz respeito ao abandono dos estudantes no ensino médio. A nota é zero.


Em relação ao Índice de Desinvolvimento da Educação Básica (Ideb), pelos dados do ranking, o Maranhão - em 2018 - ocupa a 23ª posição, com pontuação 11,1.

Maranhão fica longe de média nacional

A média do índice no Brasil é de 49,4. Em todos os 10 pilares analisados, o Maranhão fica abaixo da média em todos. O estado, sob o comando de Flávio Dino, fica atrás dos vizinhos Piauí e Ceará. O primeiro está na 21ª posição no ranking e o segundo, na 12ª. Em nota dos pilares, o Maranhão perde para os dois estados em educação, sustentabilidade social, solidez fiscal, inovação, potencial de mercado e infraestrutura.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.