Entrevista

Roberto Rocha propõe alavancar a economia do Maranhão

Candidato ao Governo pelo PSDB propôs ontem em entrevista à TV Mirante a criação de uma Zona de Exportação e o incentivo à exploração da cadeia produtiva no estado

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Roberto Rocha foi o primeiro entrevistado da TV Mirante
Roberto Rocha foi o primeiro entrevistado da TV Mirante (Roberto Rocha)

O senador Roberto Rocha (PSDB), candidato ao Governo pela coligação “Coragem e União Para Fazer o Maranhão Melhor”, propôs ontem em entrevista à TV Mirante, no JMTV 1ª edição, a criação de uma Zona de Exportação no estado, a elevação da economia e a criação do emprego e renda, caso seja eleito o chefe do Executivo no mês de outubro.

Ele foi o primeiro entrevistado pela emissora, que sabatinará até sexta-feira os 5 candidatos mais bem colocados na pesquisa Ibope de intenções de votos, ao vivo, por 20 minutos ininterruptos. O entrevistado de hoje será o governador Flávio Dino (PCdoB). As entrevistas são conduzidas pelos jornalistas Ana Guimarães e SidneyPereira.

Rocha afirmou que pretende explorar o potencial de desenvolvimento do estado para melhorar a vida da população. Ele prega a divisão das riquezas com a população.

“Quero ser governador para mostrar a esse estado que ele não pode mais fazer a exploração política da pobreza. Nós temos de dar lugar a riqueza econômica. O Maranhão não é um estado pobre, ao contrário, o Maranhão é muito rico”, disse.

O candidato do PSDB assegurou que se eleito, vai investir recursos na criação de uma Zona de Exportação Industrial na Região Metropolitana de São Luís.

“O projeto da zona de exportação do Maranhão é inovador, criativo. É óbvio que o nosso projeto contempla fazer o Plano Diretor Portuário. São Luís tem um plano diretor que é 2006, tem uma lei de uso e ocupação do solo que é 1992, porque o Maranhão não está criando um ambiente favorável a negócios. O que acontece é que o empreendedor está correndo do Maranhão. Os distritos industriais estão fechados. É preciso retomar o desenvolvimento econômico, para o que estado possa retomar a renda por um lado, dinheiro para o governo investir e emprego para o povo”, afirmou.

Roberto Rocha foi seguro em seus posicionamentos e demostrou conhecimento sobre diversas áreas da administração pública estadual, sobretudo, da economia.

Ao analisar o atual cenário econômico, ele afirmou que é necessário que se invista na cadeia produtiva.

“Hoje Balsas produz uma quantidade grande de grãos e é inadmissível que esse grão, na forma primária, vegetal, saia in natura pelo Porto do Itaqui e não deixa no Maranhão sequer o ICMS, porque é isento pela Lei Kandir. Da mesma forma acontece com o minério e alumina. O nosso desafio é transformar o vegetal em proteína animal. Gerar cadeia produtiva, não falar apenas de números, estatísticas, mas falar de pessoas para serem incluídas. É por isso que o maranhense tem de ir embora para outros estados. O Maranhão tem de produzir frango, peixe, suíno, caprino, ovino melhorar a bacia leiteira para implantar laticínios. Esse é o desafio”, enfatizou.

Ele também falou sobre o estabelecimento de segurança jurídica para que haja interesse de empreendedores em relação a novos investimentos no estado, e citou a necessidade de melhoria da malha viária do Maranhão para o escoamento da produção.

Para o candidato, é necessário se federalizar a MA-006, principal eixo da produção agrícola da região sul do estado e que foi considerada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) como a pior rodovia do estado e uma das piores do país.

Saiba Mais

Durante a entrevista à TV Mirante, o senador Roberto Rocha (PSDB) também falou sobre as contas públicas do estado. Ele citou que nos últimos 3 anos o Maranhão registrou queda na renda da população e explicou que o governa Flávio Dino (PCdoB) apenas aumentou impostos e pediu dinheiro emprestado. “Quando isso acabou, restou a ele ir no fundo previdenciário, um dinheiro que não é do estado, que é dos velhinhos. Ele está hipotecando o futuro dos velhinhos. Ele saqueou o dinheiro da Previdência”, disse. Rocha referia-se ao fato de que o governador ter autorizado Sque de mais de R$ 1 bilhão nos últimos anos do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadorias (Fepa).

“Flávio Dino não tem projeto de Governo, só de poder”, afirma tucano

Confrontado pela bancada sobre o motivo que o levou ao rompimento político com o governador Flávio Dino (PCdoB), candidato a reeleição pela coligação “Todos Pelo Maranhão”, o candidato do PSDB, senador Roberto Rocha afirmou que a condição foi uma escolha do próprio comunista.

Rocha e Dino firmaram aliança em 2011 para a disputa da eleição para a Prefeitura de São Luís em 2012. Naquele ano o tucano foi eleito vice-prefeito na chapa de Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Em 2014 Rocha foi eleito senador na chapa do então candidato Flávio Dino. No ano seguinte, contudo, houve o rompimento.

“Fizemos uma aliança em 2011 para 2012 e 2014. Eu escolhi o Flávio para ser aliado. Quando ele assumiu o Governo, ele me escolheu para ser adversário, porque ele não tem projeto de estado, nem mesmo de governo, ele só tem projeto de poder, diferente demais do que a gente pensa. A visão dele de mundo, de Brasil e do Maranhão é muito diferente da nossa”, disse.

Rocha explicou que em 2014, foi a sua articulação política que garantiu competitividade da candidatura com Dino. Ele sugeriu, contudo, que após eleito, o governador decidiu se tornar seu adversário político.

“Ele não teve o PT naquelas eleições [2014], então ele não tinha competitividade. Para poder competir ele precisou do PSDB de Aécio e do PSB de Eduardo Campos, que foi nós que levamos. É isso, coligação é uma via de mão dupla, igual casamento. Quem acha que faz filho sozinho não precisa casar”, finalizou.

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