COLUNA

A culpa é deles?!?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

O governador Flávio Dino (PCdoB) tem uma relação de amor e ódio com a classe política e, por extensão, com seus representantes populares, como os parlamentares e os prefeitos. E sempre que pode, sem nenhum pudor, o comunista transfere para esses representantes populares a responsabilidade pelos malfeitos que deveriam estar sob seu próprio controle.
Um exemplo foi o resultado do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Sob o comando de Flávio Dino, o Maranhão não alcançou as metas estabelecidas pelo MEC e ainda piorou o setor em algumas etapas do ensino.
E foi exatamente isso que o jornal O Estado de S. Paulo analisou na tabulação dos números do Ideb divulgados semana passada. O jornal apontou que Flávio Dino está entre os sete governadores que não deveriam ser reeleitos porque pioraram os índices do Ideb em suas gestões.
E o que fez o comunista?!? Culpou novamente os prefeitos. Na resposta ao Estadão, Dino disse que a responsabilidade pelo ensino nas séries do 1º ao 5º ano é dos prefeitos. Tentou jogar a culpa nos outros, portanto.
Mas o próprio Ideb desmentiu Flávio Dino, ao mostrar que as escolas de responsabilidade do estado - e não as privadas ou municipais - é que tiveram queda nas séries iniciais do Ensino Básico. Em 2015, quando o Ideb analisou os anos anteriores, o índice dessas escolas era de 4.3. Já no governo Dino, esse índice caiu para 4.1. Ou seja, a culpa é da administração estadual, unicamente.

Morde, assopra
Depois de jogar a culpa nos prefeitos pelo fracasso do ensino básico em sua gestão, o governador Flávio Dino chamou os gestores para uma conversa no Palácio dos Leões.
Tentou convencê-los de que apenas usou retórica para responder ao jornal O Estado de S. Paulo.
Mas há quem garanta que muitos saíram de lá torcendo o nariz para a conversa do comunista.

Aliciamento
As eleições de outubro também foram pauta na reunião de Flávio Dino com os prefeitos maranhenses.
O comunista mostra-se preocupado com a queda nas pesquisas e a ameaça de segundo turno e cobra mais empenho dos gestores aliados.
O que precisa ser visto pela Justiça Eleitoral é se esse empenho possa ser resultado de “incentivos fiscais” do próprio governo.

Senadores
O Palácio dos Leões fez uma espécie de ameaça velada aos prefeitos que foram à reunião com Flávio Dino.
O comunista declarou que não aceita seus dois candidatos a senador na rabeta das pesquisas eleitorais; e cobrou “arregaço de mangas” para a reta final da campanha.
O problema é que os prefeitos têm compromissos com outros candidatos que não apenas os nomes escolhidos por Dino.

Amordaçados
O TRE maranhense resolveu dar uma espécie de salvo-conduto ao governador Flávio Dino na propaganda eleitoral.
Os juízes estão proibindo adversários e imprensa de tratar de casos desgastantes protagonizados pelo comunista.
Já não se pode falar que o seu governo aumentou impostos, confiscou veículos dos cidadãos, efetivou os “aluguéis camaradas” e debilitou a qualidade do atendimento nas UPAs.

Bem no fígado
Tem sido uma pancada no fígado do comunista Flávio Dino a campanha da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) sobre o fim dos seus programas sociais.
Didaticamente, Roseana mostra que o comunista acabou com o “Primeiro Emprego, com o Viva Luz e o Viva Água, que garantia acesso da população carente aos bens de consumo.
O problema é que o TRE maranhense já ameaça tirar a propaganda do ar, a pedido de Dino, que acusou o golpe.

IPVA
O confisco dos carros e motos de trabalhadores no interior maranhense é um dos assuntos que mais desgastam o governo comunista.
Esse dado é revelado em todas as pesquisas qualitativas sobre as eleições maranhenses, por isso o incômodo de Flávio Dino com o assunto.
O que estarrece é a tentativa do comunista de contar com a própria Justiça Eleitoral para impedir o debate sobre o tema durante a campanha.

DE OLHO
R$ 1 BILHÃO Foi o total sacado pelo governador Flávio Dino do Fundo de Aposentadoria dos servidores estaduais, conforme denúncia feita ontem por Roberto Rocha.

E MAIS

• O programa do candidato a deputado Ricardo Murad faz uma excelente comparação sobre como eram as UPAs há quatro anos e como estão hoje, na gestão comunista.

• Os candidatos a deputado federal e estadual da base comunista estão evitando prometer obras como pontes e estradas em nome do governo; não confiam na realização da obra.

• A ordem no Palácio dos Leões foi dada: é preciso evitar o segundo turno de qualquer forma no Maranhão.

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