Comemoração

Trump festeja ausência de mísseis em desfile da Coreia do Norte

Este ano, em vez de mísseis, as imagens projetadas no sábado durante o concerto e no desfile mostraram o desenvolvimento econômico do país, com fábricas e siderurgia

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Soldados nortecoreanos desfilam em comemoração ao aniversário de fundação do país
Soldados nortecoreanos desfilam em comemoração ao aniversário de fundação do país (Soldados)

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou, ontem, a ausência de mísseis balísticos no desfile militar realizado neste domingo pelo governo da Coreia do Norte por ocasião do 70º aniversário da fundação do país. "A Coreia do Norte acaba de realizar seu desfile em comemoração do 70º aniversário sem a habitual exibição de mísseis nucleares", armou Trump em sua conta no Twitter.

As comemorações na Coreia do Norte pelo 70º aniversário de sua criação começaram no sábado com uma exibição de suas conquistas, mas sem o desfile de seus mísseis. A República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) foi proclamada em 9 de setembro de 1948, três anos depois de que Moscou e Washington dividiram a península, no fim da Segunda Guerra Mundial. Esta data é uma das mais importantes do calendário político norte-coreano.

Os desfiles militares, supervisionados pelo líder Kim Jong Un, o terceiro membro de sua família a dirigir o país, são cruciais para os observadores internacionais, que perscrutam todos os detalhes para ficarem a par dos últimos avanços militares do país. Normalmente, nesta parada são exibidas algumas das armas nucleares que Pyongyang quer alardear.

Para o espetáculo coreográfico, que este ano será intitulado "O país glorioso", segundo a agência oficial norte-coreana KCNA, os participantes, que podem chegar a 100.000, estavam ensaiando há meses.

Os festejos começaram no sábado à noite com um concerto para milhares de pessoas no estádio coberto de Pyongyang, com uma apresentação de três dos conjuntos musicais mais importantes do país, o coro das Forças Armadas, a orquestra Samjiyon e o grupo de dança Mansudae. Nestas ocasiões os músicos e dançarinos se apresentam em frente a um telão em que se exibem os grandes êxitos do país.

Nos últimos anos essas imagens incluíram sequências do lançamento de mísseis balísticos e dos ensaios nucleares de Pyongyang, o que renderam sanções internacionais ao país.

Mas desde fevereiro o regime norte-coreano iniciou uma etapa de abertura diplomática em direção à Coreia do Sul e aos Estados Unidos, coroada com o histórico encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em junho.

Este ano, em vez de mísseis, as imagens projetadas no sábado durante o concerto mostraram o desenvolvimento econômico do país, com fábricas, usinas siderúrgicas e abundantes campos de trigo. Algumas sequências mostraram as Forças Armadas, mas só com equipamento convencional. E uma delas, com tanques avançando, voo de aviões de caça e marcha de tropas de infantaria, nas que se lia uma mensagem: "A força militar garante a paz".

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