Eleições 2018

Bolsonaro sofre atentado e é internado em Juiz de fora

Candidato a presidente foi esfaqueado após tumulto e bate-boca durante sua visita a um hospital de Juiz de Fora; agressor foi preso pela Polícia Federal, que abriu inquérito para investigar o caso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Bolsonaro esfaqueado e já no hospital
Bolsonaro esfaqueado e já no hospital (Bolsonaro)

Após confusão em Juiz de Fora (MG), a agenda de Jair Bolsonaro (PSL) é interrompida depois de o candidato ser esfaqueado. O candidato à Presidência foi levado para o hospital De acordo com Flavio Bolsonaro, filho do presidenciável, o ferimento foi superficial e o candidato do PSL passa bem.

"Jair Bolsonaro sofreu um atentado agora em Juiz de Fora, uma estocada com faca na região do abdômen. Graças a Deus, foi apenas superficial e ele pesa bem. Peço que intensifiquem as orações por nós!", escreveu Flávio Bolsonaro no Twitter.

O agressor foi detido, segundo a Polícia Federal. De acordo com a Coluna do Estadão, a PF vai instaurar inquérito para apurar a agressão.

Antes do ataque, tumultos, tensão e bate-boca marcaram a visita do presidenciável ao hospital filantrópico da Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer (ASCOMCER) e também um almoço com o candidato em um hotel em Juiz de Fora, Minas Gerais, nesta quinta-feira, 6.

Pacientes idosos em tratamento contra a doença tiveram dificuldade para entrar na unidade, devido a um cordão de isolamento feito por integrantes de um movimento conservador da cidade. Vestidos de preto, eles se diziam policiais e afirmavam fazer "segurança voluntária" do candidato.

Visita a hospital gerou tumulto

A visita do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) causou tumulto ao hospital filantrópico da Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer), na manhã desta quinta-feira, 6, em Minas Gerais. Pacientes idosos tiveram dificuldade de entrar no hospital, devido a um cordão de isolamento feito por integrantes de um movimento de direita da cidade. Vestidos de preto, eles diziam ser policiais e que faziam "segurança voluntária" do candidato.

Uma senhora que acompanhava o marido em uma sessão de quimioterapia chegou a chorar e dizer que campanha política não era para ser feita dentro hospital. A filha dela chegou a discutir com estes "seguranças".

Os integrantes do movimento de direita da cidade usavam ternos e blusas pretas e uma fita amarela. Minutos depois, o grupo também seguiu com o candidato para um almoço em um hotel com empresários.

Estes homens fizeram um cordão de isolamento barrando a entrada de empresários e até do presidente do PSL, Gustavo Bebianno.

Agressor diz que agiu

para cumprir ordem de Deus

Adelio Bispo de Oliveira tem 40 anos e disse ter saído de casa para fzer o ataque ao presidenciável

JUIZ DE FORA - O homem que deu uma facada em Jair Bolsonaro enquanto o candidato a presidente do PSL fazia campanha em Juiz de Fora (MG) e identificado pela Polícia Federal como Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, afirmou, na hora em que era conduzido pelos policiais, estar cumprindo uma “ordem de Deus”.

A informação é de Luis Boundens, presidente da Federação dos Agentes da Polícia Federal, a Fenapef. Ele conversou com seus colegas que estavam no local do ataque e não só tiveram de prender o agressor como conter a multidão que tentou linchá-lo após o ataque. “Os colegas disseram que ele imediatamente começou a dizer que estava em missão divina, o que levou o pessoal a duvidar da integridade psicológica dele”, disse Boudens.

Em sua página no Facebook, Bispo de Oliveira escrevia críticas a Bolsonaro e, com menor frequência, a outros políticos, como a candidata a vice-presidente pelo PSDB, a senadora Ana Amélia (PP-RS). A Maçonaria também era assunto de suas publicações: “Deveria serem (sic) todas lojas maçonicas (sic) do país incediadas por completo”. Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL de Uberaba, em Minas Gerais, entre maio de 2007 e 2014. A executiva estadual do PSOL de Minas Gerais divulgou nota em que afirma que a agressão é “um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral” e disse repudiar “qualquer ação de ódio”.

Bolsonaro fazia um ato de campanha nos arredores do Parque Halfeld, local de grande concentração popular no centro de Juiz de Fora, no momento da agressão, e foi levado imediatamente para a Santa Casa da cidade. Ele estava nos ombros de apoiadores quando foi atacado. O candidato tinha em sua escolta quatro agentes da Polícia Federal. Segundo o presidente da Fenapef, Bolsonaro costumava cumprir as recomendações de segurança dos agentes. Desta vez, ele não usava colete a prova de balas.

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