Violência

Alemanha enfrenta protesto de extrema direita anti-imigração

Cidade de Chemnitz virou epicentro de manifestações contra política migratória de Angela Merkel após assassinato de alemão no dia 26

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Manifestantes tomam conta das ruas de Chemnitz contra a política migratória
Manifestantes tomam conta das ruas de Chemnitz contra a política migratória (Manivestação)

Chemnitz - A polícia encerrou no fim de semana uma marcha anti-imigração organizada por ativistas de extrema direita em Chemnitz, leste da Alemanha.

A cidade virou epicentro de protestos contra a política migratória do governo de Angela Merkel desde o assassinato a facadas de um alemão de 35 anos, no último dia 26. Um sírio e um iraquiano foram presos pelo crime.

A polícia do estado da Saxônia citou preocupações de segurança para deter a manifestação de sábado, que durou mais de uma hora. Os policiais foram vistos realizando prisões.

A polícia do estado da Saxônia citou preocupações de segurança para deter a manifestação, que durou mais de uma hora.

O ato foi organizado por partidários do grupo anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD) e da organização Pegida, que prega o anti-islamismo no país.


Manifestação contrária

Manifestantes contrários à pauta anti-imigração tentaram bloquear a rota da marcha de extrema direita. Eles acusam o movimento de explorar a morte do alemão para alimentar o ódio contra migrantes e refugiados.

O contingente policial trabalhou para manter os dois grupos separados. A polícia estimou que o movimento anti-imigração teve 4.500 participantes e 4.000 manifestantes contrários.

A decisão de Merkel, em 2015, de acolher um milhão de pessoas que buscam asilo, principalmente muçulmanos da Síria, Iraque e Afeganistão, mudou drasticamente o cenário político e social da Alemanha.

O governo, através do ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, criticou as manifestações de extrema direita.

"A Segunda Guerra Mundial começou 79 anos atrás. A Alemanha causou sofrimento inimaginável na Europa. Embora haja pessoas que desfilam novamente nas ruas fazendo a saudação nazista, o nosso passado histórico nos obriga a defender resolutamente a democracia", disse, em comunicado.

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