Campanha no rádio e TV

Candidatos a governador iniciam horário eleitoral com discursos amenos

Dos seis candidatos ao governo, quatro foram ao ar; o tom dos discursos foi de apresentação de motivos para voltar ou continuar no comando do estado

Carla Lima/Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Roseana Sarney, Flávio Dino e Maura Jorge se mostraram aos eleitores no primeiro programa eleitoral
Roseana Sarney, Flávio Dino e Maura Jorge se mostraram aos eleitores no primeiro programa eleitoral (Roseana Sarney)

O primeiro dia do programa eleitoral para os candidatos ao Senado e ao Governo do Maranhão foi marcado pela apresentação dos postulantes, mostrando o que já fizeram e o que farão. Por enquanto, os ataques aos adversários foram mais velados. Já a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao contrário do que se esperava, foi pouco usada.
Dos seis candidatos ao governo do Maranhão, quatro estiveram presentes no programa eleitoral no primeiro dia de exibição. Flávio Dino (PCdoB), da coligação “Todos pelo Maranhão”; Roseana Sarney (MDB), da coligação “Maranhão quer mais”; Maura Jorge (PSL), da coligação “Renovação de verdade”, e Ramon Zapata do PSTU iniciaram a campanha na televisão.
Roberto Rocha (PSDB), da coligação “União e Coragem para fazer um Maranhão melhor”, não teve programa exibido. Segundo informou a assessoria do candidato, houve problema técnico.
Também não foi exibido o programa do candidato da coligação “Vamos sem medo de mudar o Maranhão”, Odívio Netto.

Roseana x Flávio
Dos que se apresentaram aos eleitores no primeiro dia de programa, chamaram atenção Roseana Sarney e Flávio Dino. Os dois candidatos mostraram ao eleitor que precisam de mais tempo para “trabalhar mais pelo Maranhão”.
No caso da emedebista, o discurso presente no programa foi de que Roseana foi eleita governadora e depois voltou outras três vezes, porque o trabalho foi aceito pela população. E que, após quatro anos, percebeu que não poderia “pendurar as chuteiras”, porque o Maranhão “saiu dos trilhos”.
“Eu fiquei em silêncio, observando o que estava acontecendo com nosso estado, vendo os erros, o Maranhão não andava. O discurso diferente da prática. E, por isso, penso em ser governadora de novo. Não para resolver todos os problemas, mas para resolver os mais graves problemas do Maranhão”, afirmou a candidata, deixando implícito que seu principal adversário não fez a mudança que prometeu na eleição passada.
Já o candidato comunista fez um resumo dos quase quatro anos de governo focando - principalmente - na Educação. O que chamou a atenção no programa de Dino foi que ele assumiu que não fez tudo o que prometeu em 2014 porque “quatro anos é pouco para mudar o Maranhão”.
De forma ainda velada, Flávio Dino mirou no início do seu primeiro programa no discurso de que venceu um império fazendo referência ao grupo político de sua principal adversária, Roseana Sarney.

Outros candidatos
Já a candidata Maura Jorge preferiu um pouco de humor para iniciar sua participação no horário eleitoral na TV. No discurso, Maura faz referência às campanhas caras de seus adversários, comparados com a campanha dela, e diz que, no fim, o eleitor precisa ter cuidado para não aceitar candidaturas que custam, na verdade, “preço de banana”.
O programa de Maura Jorge na televisão difere muito dos vídeos produzidos para as redes sociais. Com tempo maior na internet, a candidata do PSL está investindo no mundo virtual para triblar os 14 segundos que tem na televisão e na rádio.
O candidato do PSTU, Ramon Zapata, mostrou ao eleitor, em seu primeiro programa, somente a crítica à divisão do tempo do horário eleitoral.

Ex-presidente Lula foi citado
por Roseana e Edison Lobão

Dos candidatos que apresentaram suas propostas no primeiro programa eleitoral deste ano, somente dois citaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Roseana Sarney e Edison Lobão lembraram que fizeram parte do governo do petista.
Roseana Sarney - ao apresentar sua trajetória política - lembrou que, quando senadora, foi escolhida líder do governo Lula no Congresso Nacional.
Já o senador Edison Lobão, ao falar de sua experiência, afirmou que foi ministro por duas vezes. Primeiro no governo de Lula e depois na gestão da então presidente Dilma Rousseff.
Ao contrário do que se especulava, o governador Flávio Dino não fez qualquer referência ao petista, apesar de ter o apoio do partido do ex-presidente.

Candidatos ao Senado mostraram currículo

Tanto no rádio quanto na televisão, o programa eleitoral foi aberto com os candidatos da coligação “Todos pelo Maranhão”, Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). Com a mesma ideia, os pretendentes a senador falaram de suas trajetórias de vida. A diferença entre os dois companheiros de chapa foi no momento de mostrar apoios e atuação como deputados federais que são. Rocha apontou sua atuação como líder dos partidos de esquerda, e Gama preferiu deixar sua vida política restrita ao Maranhão com apoio a Flávio Dino (apostando logo de início as fichas para mostrar que tem o apoio do governador). Até mesmo porque a atuação dela na Câmara dos Deputados vai de encontro com o que o candidato comunista prega nos discursos.
A dupla de candidatos ao Senado da coligação “Maranhão quer mais”, Sarney Filho (PV) e Edison Lobão (MDB), também focou o primeiro programa na trajetória política de cada um.
Sarney Filho falou de seus nove mandatos de deputado federal e suas atuações como ministro de Meio Ambiente por duas vezes. O candidato do PV fez questão de destacar sua situação jurídica mostrando que é ficha “limpíssima” mesmo com mais de 30 anos de vida pública.
Da coligação “União e Coragem para fazer um Maranhão melhor”, somente o candidato Alexandre Almeida (PSDB) teve o programa no ar tanto na rádio quanto na TV. Almeida, para mostrar que é um candidato diferente dos que existem, falou da necessidade de novas práticas na política que posam beneficiar a população.
Já seu companheiro de chapa, José Reinaldo Tavares (PSDB), não teve o programa exibido. A O Estado, o candidato a senador garantiu que a culpa para a não veiculação de seu programa foi da emissora responsável pela geração do horário eleitoral. “A emissora assumiu a culpa. Vamos tomar as medidas legais”, afirmou Tavares.

PSOL e PSL não exibiram programa

Também não tiveram programa exibido o candidato da coligação “Renovação de Verdade”, Samuel Campelo (PSL), e os postulantes ao Senado pelo PSOL, Saulo Pinto e Iego Bruno.
O PSTU conseguiu utilizar os 7 segundos que tem (situação que foi criticada no programa) apenas para mostrar o nome de seus candidatos ao Senado – Saulo Arcangeli e Preta Lu – o número de cada um, e informarem aos eleitores que a propaganda maior está nas redes sociais.

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