COLUNA

TV versus Internet

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

A campanha eleitoral entra hoje naquilo que muitos chamam de etapa decisiva, mas que, neste pleito, pode ser considerada também como a etapa final. A propaganda eleitoral no rádio e na TV, bem mais curta, já poderá apontar, em seus primeiros dias, qual o caminho a ser percorrido até o dia 7 de outubro.
Embora só agora os candidatos passem a se mostrar a uma massa maior de eleitores, a campanha no rádio e na TV rivaliza, este ano, com as redes sociais e aplicativos de internet, que já estão em plena atividade desde o fim das convenções, ainda no início de agosto.
Muito do que se vai ver agora no horário eleitoral já está disponível há tempos nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens. Vídeos, áudios, memes, banners e flyers, que têm sua linguagem própria na Internet, ganharão agora a versão televisiva e, talvez, a garantia de que serão vistos por um número maior de pessoas.
A campanha no rádio e na TV em 2018 ganhou a forte concorrência da internet. É nessa plataforma que estão ocorrendo os principais debates políticos, análises das performances dos candidatos, críticas ácidas e duras, defesas apaixonadas e muita, mas muita informação que necessita ser checada.
Toda regulamentada pela Justiça Eleitoral, a propaganda de TV chegará para por uma espécie de ordem na casa, separando o que é real do fake; e o que é verdadeiro na campanha de cada um. É a batalha das mídias que ganha corpo em pleno processo eleitoral.

Relâmpago
O candidato do PSOL, Odívio Netto, será o primeiro a se apresentar ao eleitor no horário eleitoral gratuito.
Com seus pouco mais de 10 segundo, terá tempo para dizer “oi” e apresentar o seu nome neste primeiro dia.
Na mesma situação de Odívio Netto estão os candidatos Ramon Zapata (PSTU) e Maura Jorge (PSL) .

Na rede mundial
Ciente de pouco tempo que tem na TV, Maura Jorge aposta suas fichas na Internet.
Desde antes das convenções ela investe pesado nas redes sociais e nos grupos de troca de mensagens, para tentar alcançar o que não poderá pela TV.
A campanha de Maura é uma das mais eficientes na rede mundial de computadores e tem mobilizado eleitores de todas as idades.

Imagem virtual
Alguns candidatos vão utilizar a tecnologia para vender uma impressão ao eleitor maranhense.
Eles estão gravando em estúdios modernos, com Khroma Key, aquele fundo verde, em que são inseridas artificialmente imagens.
A ideia é dar a impressão de que estão em algum ambiente externo, inserido depois da gravação do texto.

Piada
A técnica da imagem Khroma Key foi desmoralizada e virou piada na campanha municipal em São Luís, em 2016.
O candidato Fábio Câmara (MDB) gravou em estúdio e usou a imagem artificial apenas para mostrar que era assim que fazia o prefeito Edivaldo Júnior (PDT).
Depois da revelação, Edivaldo passou a gravar nas ruas, e não mais em estúdio, como vinha fazendo.

Vídeoselfie
Sem estrutura para estúdios de TV de última geração, o ex-vereador Batista Matos (PTC) usa a criatividade em sua campanha.
Candidato a deputado federal, ele grava suas vinhetas e inserções para a TV diretamente no Celular.
Nas ruas, Matos põe o celular à sua frente, em case eleitoral que já virou meme nas redes sociais do ex-vereador

Lula
A grande expectativa do horário eleitoral em todo o país se dá em relação à participação do ex-presidente Lula na propaganda presidencial.
Os presidenciáveis estreiam sábado e o PT já anunciou que vai apresentar Lula como o seu candidato.
Mas o TSE pode decidir ainda nesta sexta-feira se autoriza ou não a participação do petista, que está preso em Curitiba desde abril.

DE OLHO

R$ 9,3 milhões É em quanto estava avaliado o contrato de aluguel camarada do governo Flávio Dino com um membro do PCdoB, na Aurora. O caso foi denunciado pelo MPC.

E MAIS

• O governador Flávio Dino já gravou um vídeo alertando para o que chama de baixarias na TV; é uma prevenção ao que, ele sabe, será mostrado do seu governo.

• Candidato pelo PRTB, que está coligado com Maura Jorge, o ex-vereador Paulo Roberto Pinto, o Carioca, usa cartazes ao lado de Roseana Sarney, Lobão e Sarney Filho.

• A mobilização de Roseana Sarney, Roberto Rocha e Maura Jorge no interior mostra que a vitória de Flávio Dino em primeiro turno não passa de um devaneio comunista.

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