Morte de maranhense

Corpo de maranhense morta em Brasília chega para sepultamento

Maria Regina Araújo foi morta pelo companheiro no domingo na frente dos filhos menores; corpo chegou ontem e será sepultada hoje no Tibiri

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Maria Regina Araújo vítima de feminicídio em Brasilia
Maria Regina Araújo vítima de feminicídio em Brasilia (Maria)

SÃO LUÍS - O corpo de Maria Regina Araújo, de 44 anos, vai ser sepultado nesta quarta-feira, 29, no cemitério do Tibiri. Segundo os familiares da vítima, ela havia pedido medida protetiva em desfavor do seu companheiro, Eduardo Gonçalves de Sousa, de 34 anos, que foi negado pelo Poder Judiciário de Brasília, no último dia 16. Na noite de domingo, 26, ela acabou assassinada por mais de 20 golpes de faca por ele, na frente dos seus filhos menores, na residência do casal no condomínio Fazendinha, no Itapoã, em Brasília.

Na tarde de ontem o corpo da maranhense chegou a São Luís e está sendo velado na residência de seus familiares, no bairro do Coroadinho, onde reuniu amigos e parentes. “Estamos sentindo muito a perda de Maria Regina e queremos que seja feita a Justiça”, desabafou o irmão da vítima, Ronny Araújo, de 30 anos.

Ele informou, ainda, que a família almeja saber o verdadeiro motivo de o pedido de medida protetiva ter sido negado pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Paranoá. “A Justiça apenas declarou que o agressor não proporcionava risco de morte para a minha irmã”, disse Ronny Araújo.

Investigação

A maranhense Maria Regina foi a 20ª vítima de crime de feminicídio em Brasília este ano. O caso está sendo investigado pela equipe da 6ª Delegacia de Polícia de Paranoá e ainda ontem não havia registro de prisão do suspeito. Delegado adjunto dessa unidade policial, Fábio Pereira, afirmou que a vítima procurou a delegacia em 13 de agosto deste ano para registrar ocorrência de ameaça contra o companheiro. “Ela queria terminar o relacionamento, mas ele não aceitava a separação”, disse o delegado.

“Estamos sentindo muito a perda de Maria Regina e queremos que seja feita a justiça”Ronny Araújo- irmão da vítima

A vítima trabalhava em casa de família, fazia bolos como ainda vendia lingeries e joias. Há alguns meses, ela pediu que Eduardo Gonçalves a deixasse, mas exigiu uma quantia de R$ 10 mil para ir embora. Maria Regina conseguiu juntar esse valor e ofereceu ao companheiro, mas recusou a deixar a casa do casal.

No começo deste mês, o acusado pediu demissão do emprego, fez um empréstimo bancário e, logo após, enviou fotos de caixões para amigas próximas de Maria Regina. Para ele, as colegas da vítima a incentivavam a pedir o fim do relacionamento.

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