Entrevista

Roseana afirma que deixou dinheiro e programa organizado na Educação

Candidata da coligação “O Maranhão Quer Mais” afirmou que Flávio Dino apenas mudou o nome do programa Escola Digna, uma vez que o orçamento do estado já previa construção e reforma de escolas

Ronaldo Rocha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Roseana Sarney foi a última candidata a participar da Sabatina O Estado
Roseana Sarney foi a última candidata a participar da Sabatina O Estado (roseana)

A candidata da coligação “O Maranhão Quer Mais”, Roseana Sarney (MDB), afirmou ontem no programa Sabatina O Estado, transmitido ao vivo pelo portal do veículo, que deixou dinheiro em caixa com a especificação orçamentária para a construção e reforma de novas escolas em todo o território estadual.

De acordo com a emedebista, o que atual governador fez foi apenas mudar o nome do programa, que passou a chamar-se de “Escola Digna”, Roseana assegurou que somente por meio de recursos do BNDES, R$ 400 milhões foram destinados para as ações de infraestrutura nas escolas do Maranhão.

“É preciso fazer um parêntese em relação a esse programa. O Escola Digna apenas mudou de nome. Porque deixei em caixa para investimentos em todo o Maranhão, R$ 1,9 bilhão do BNDES. Desse total, pelo menos R$ 400 milhões foram deixados para reforma e construção de escolas. O que ele fez foi mudar o nome do programa”, disse.

Roseana apontou a falta de valorização do professor da rede pública estadual, com salários baixos – ao contrário do que pontua a propaganda institucional do Executivo, segundo ela -, como um dos motivos para o não avanço do setor e assegurou que se eleita, promoverá a qualificação dos docentes.

“Precisamos estimular os nossos professores. Precisamos oferecer capacitação e melhorar os salários. Precisamos oferecer um salário realmente digno. Recentemente encontrei uma professora e ela falou que os salários estão estagnados há 4 anos. É lamentável”, completou.

A emedebista também afirmou que pretende acrescentar à grade curricular dos estudantes do ensino médio, disciplinas e cursos tecnológicos.

“Estamos estudando a possibilidade de acrescentar cursos técnicos na grade, a exemplo do curso de web designer e de desenvolvimento de games. Precisamos ter uma educação mais qualificada”, ela encerrou, afirmando que também investirá na ampliação das escolas de tempo integral no estado.

Perseguição – Roseana também criticou a perseguição política imposta pelo chefe do Executivo a adversários. Ela citou nominalmente os casos do prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Rodrigues; de Imperatriz, delegado Assis.

“Esse governo tem um equívoco muito grande. Você não é eleito governador de um lado, de um partido ou grupo político, mas sim governador de todos os lados. Eu não era uma governadora de uma parte dos maranhenses, eu era de todos. Me sentia privilegiada por isso. Não se pode beneficiar aliados e prejudicar os demais”, disse e completou: “O prefeito de São Pedro dos Crentes, por exemplo, que está sempre nas redes sociais, é perseguido. O prefeito de Imperatriz também é perseguido, porque você não mandar recursos para a saúde do município, é perseguição”, concluiu.

Roseana disse jamais ter perseguido adversários em todas as suas gestões e citou exemplos de parcerias efetivadas enquanto esteve no Governo, como os ex-prefeitos de São Luís, João Castelo, Jackson Lago e Edivaldo Júnior; de Imperatriz, Sebastião Madeira e de Timon, Luciano Leitoa.

Roseana também prometeu retomar programas sociais como o Viva Luz, Viva Água e criar o Viva Gás, assegurou a retomada do programa “Saúde é Vida”, que construiu 72 novos hospitais em 4 anos e afirmou que caso seja eleita, atrairá novamente investimentos ao Maranhão.

“Na minha gestão eu consegui tirar cerca de 500 mil pessoas da linha de pobreza. E agora os dados oficiais mostram que pelo menos 300 mil pessoas voltaram para a linha de pobreza nos últimos 3 anos. Isso é preocupante. Vamos mudar isso”, finalizou.

Saiba Mais

Roseana Sarney (MDB) foi sabatinada pelos jornalistas Marco Aurélio D‘Eça, editor de Política de O Estado; Carla Lima, subeditora de Política de O Estado e José Linhares Júnior, do portal imirante.com. A entrevista de Roseana fechou a série do programa. Caso haja segundo turno, O Estado fará novamente a sabatina com os candidatos em disputa.

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