Eleições 2018

Haddad relaciona Alckimin ao governo Michel Temer

Representante de Lula na disputa presidencial diz que propostas do tucano se assemelham ao plano econômico do atual presidente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

BRASÍLIA - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aproveitou o giro que faz pelo Nordeste para associar o ex-governador tucano Geraldo Alckmin ao governo do presidente Michel Temer. Em visita à Bahia, onde se reuniu com correligionários, o ex-prefeito, tido como plano B do PT para a corrida presidencial, disse que as propostas do tucano para a economia se assemelham ao plano econômico do governo do emedebista.

Haddad afirmou ainda que Alckmin e Jair Bolsonaro (PSL) não representarão um empecilho para a candidatura presidencial do PT e acabarão disputando os votos do mesmo eleitorado no decorrer da campanha.

"Considero difícil os dois estarem no segundo turno. Pode ser um ou o outro. Alckmin, carrega o peso de ter um plano econômico que se assemelha ao de Michel Temer. O povo não aprova os rumos que a economia tomou nesse governo. Ele terá que explicar, na campanha, tanto desmonte", disse.

Bolsonaro mostra-se grato com, pesquisa

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) disse que ficou grato com o resultado da primeira pesquisa Ibope/Estado/TV Globo sobre as eleições de 2018, em que é o líder com 20%, em um cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, afirmou que "esperava mais". A seguir, vêm Marina Silva (Rede), com 12%, e Ciro Gomes (PDT), com 9%.

Em uma agência no Banco Itaú, em Botafogo, zona sul do Rio, onde abriu conta para receber dinheiro de campanha, Bolsonaro disse que o resultado significa que ele está "no caminho certo", apesar de também ter afirmado que "não acredita muito em pesquisas".

Porém, o candidato criticou o resultado da pesquisa em que Lula é incluído. Neste cenário, ele cai para a segunda colocação, com 18%, e o ex-presidente aparece em primeiro lugar, com 37%. Bolsonaro disse que é "um escracho" Lula aparecer nas pesquisas porque "ele está fora de combate".

"O cenário com o Lula não existe. Vamos respeitar as leis. Está errado botar o Lula lá, ele está condenado em segunda instância. Me surpreende institutos de pesquisa fazerem pesquisa com o nome de um presidiário, condenado em segunda instância. Isso é um escracho", criticou.

O deputado também justificou o fato da pesquisa ter apontado que 28% das suas intenções de voto vêm do eleitorado masculino. O número é mais que o dobro do índice alcançado pelo candidato do PSL entre as mulheres, que foi de 13%. Para ele, o público feminino "é o que mais se abstém". "O público feminino não quer declarar voto. Eu vejo isso nas pesquisas", disse o parlamentar

Após esta declaração para a imprensa, Bolsonaro ficava repetindo "olha a minha rejeição entre as mulheres", toda vez em que uma mulher lhe pedia para tirar foto, enquanto circulava pelo Botafogo Praia Shopping.

Sobre a sua rejeição, Bolsonaro afirmou que "não vai inventar nada para ganhar simpatia de quem quer que seja". "A minha rejeição vem mais de quem vota no PT. O resultado da pesquisa era esperado. Estou tranquilo", disse aos jornalistas.

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