BRASÍLIA - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aproveitou o giro que faz pelo Nordeste para associar o ex-governador tucano Geraldo Alckmin ao governo do presidente Michel Temer. Em visita à Bahia, onde se reuniu com correligionários, o ex-prefeito, tido como plano B do PT para a corrida presidencial, disse que as propostas do tucano para a economia se assemelham ao plano econômico do governo do emedebista.
Haddad afirmou ainda que Alckmin e Jair Bolsonaro (PSL) não representarão um empecilho para a candidatura presidencial do PT e acabarão disputando os votos do mesmo eleitorado no decorrer da campanha.
"Considero difícil os dois estarem no segundo turno. Pode ser um ou o outro. Alckmin, carrega o peso de ter um plano econômico que se assemelha ao de Michel Temer. O povo não aprova os rumos que a economia tomou nesse governo. Ele terá que explicar, na campanha, tanto desmonte", disse.
Bolsonaro mostra-se grato com, pesquisa
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) disse que ficou grato com o resultado da primeira pesquisa Ibope/Estado/TV Globo sobre as eleições de 2018, em que é o líder com 20%, em um cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, afirmou que "esperava mais". A seguir, vêm Marina Silva (Rede), com 12%, e Ciro Gomes (PDT), com 9%.
Em uma agência no Banco Itaú, em Botafogo, zona sul do Rio, onde abriu conta para receber dinheiro de campanha, Bolsonaro disse que o resultado significa que ele está "no caminho certo", apesar de também ter afirmado que "não acredita muito em pesquisas".
Porém, o candidato criticou o resultado da pesquisa em que Lula é incluído. Neste cenário, ele cai para a segunda colocação, com 18%, e o ex-presidente aparece em primeiro lugar, com 37%. Bolsonaro disse que é "um escracho" Lula aparecer nas pesquisas porque "ele está fora de combate".
"O cenário com o Lula não existe. Vamos respeitar as leis. Está errado botar o Lula lá, ele está condenado em segunda instância. Me surpreende institutos de pesquisa fazerem pesquisa com o nome de um presidiário, condenado em segunda instância. Isso é um escracho", criticou.
O deputado também justificou o fato da pesquisa ter apontado que 28% das suas intenções de voto vêm do eleitorado masculino. O número é mais que o dobro do índice alcançado pelo candidato do PSL entre as mulheres, que foi de 13%. Para ele, o público feminino "é o que mais se abstém". "O público feminino não quer declarar voto. Eu vejo isso nas pesquisas", disse o parlamentar
Após esta declaração para a imprensa, Bolsonaro ficava repetindo "olha a minha rejeição entre as mulheres", toda vez em que uma mulher lhe pedia para tirar foto, enquanto circulava pelo Botafogo Praia Shopping.
Sobre a sua rejeição, Bolsonaro afirmou que "não vai inventar nada para ganhar simpatia de quem quer que seja". "A minha rejeição vem mais de quem vota no PT. O resultado da pesquisa era esperado. Estou tranquilo", disse aos jornalistas.
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