Eleições

Odívio Neto propõe ruptura com modelo atual do governo maranhense

Candidato propôs mudanças nos setores de educação e infraestrutura.

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Odívio Neto foi o participante da sabatina de O Estado nesta terça (21)
Odívio Neto foi o participante da sabatina de O Estado nesta terça (21) (Sabatina O Estado)

Na manhã desta terça (21) o funcionário público Odívio Neto, do PSOL, foi entrevistado na sabatina de O Estado do Maranhão. Seguro durante quase toda a entrevista, o candidato falou de suas propostas em quatro segmentos.

Durante a entrevista o candidatou não poupou críticas ao atual modelo de governança no Maranhão. Atacou o fisiologismo, a falta de planejamento e o erro na escalação das prioridades.

EDUCAÇÃO

Na educação o candidato acusou o atual governo de desvirtuar o Programa Escola Digna. “Inicialmente era para acabar com escolas de taipa e agora até pintura de parede é feita. Sendo que as escolas de taipa ainda são uma realidade”.

A formação continuada de professores, exposta em seu plano de governo, foi defendida durante a sabatina. Odívio neto afirmou que a estrutura não deve ser a única prioridade do governo, que também deve se preocupar com a qualidade.

INFRAESTRUTURA

Odívio Neto fez severas críticas à falta de planejamento e de conhecimento técnico nas obras públicas. Para o candidato a falta de fiscalização e de falta de cobrança na qualidade das obras. O psolista culpou a diminuição do estado, o que impossibilita essas ações. “Se você for na secretaria de infraestrutura, não vai encontrar nenhum engenheiro civil”, disse.

Em relação à ocupação dos cargos públicos, Ovídio Neto criticou a divisão dos cargos. “O secretário de infraestrutura é formado em direito. O cargo é meramente político, o caráter técnico passou longe dali”, disse.

O candidato afirmou que a ocupação dos cargos em seu governo, caso eleito, será realizado seguindo preceitos técnicos.

POLÍTICA

Ovídio Neto repreendeu o fisiologismo na política. Segundo ele, existem atores que circundam o poder e sempre ocupam espaços, independente de quem for eleito. “Não importa para vessas pessoas quem está no governo. E o governo que assume não tem coragem de tocar sua gestão com o apoio popular”, disse.

Apesar de defender o fim da reeleição e mandato de 5 anos em alguns momentos do debate, o candidato não assegurou que abriria mão da reeleição caso fosse eleito.

SEGURANÇA PÚBLICA

Sobre os presídios, o candidato falou que a descentralização do sistema penitenciário será uma prioridade em seu governo. O candidato também defendeu a adesão ao sistema de penas alternativas como forma de evitar a superlotação dos presídios.

Bem como seu antecessor na sabatina, Ramon Zapata, Odívio Neto afirmou que a geração de emprego e renda deve ser encarada como política alternativa de segurança pública. “Temos que aumentar os investimentos na agricultura familiar, artesanato e no turismo”, disse.

O candidato criticou a postura do governo no que diz respeito a operações no trânsito que resultaram na apreensão de milhares de veículos. “Acredito que a coisa foi feita de forma equivocada. Era necessário que a população tivesse sido avisada antes e não pega de surpresa. Em nosso governo essas operações seriam precedidas de campanhas de conscientização e informação”,

ECONOMIA

Como proposta de desenvolvimento econômico, Odívio Neto afirmou que os investimentos em pequenos e microempreendedores são uma saída viável. O candidato defendeu a criação de um banco popular que financie pequenos negócios a juros mais baixos. “São iniciativas que historicamente apresentam resultados e que devem ser utilizadas”, disse.

A atual política fiscal do governo foi recriminada pelo candidato. Para Odívio Neto as isenções concedidas pelo governo a grandes negócios são um equívoco. “Essas isenções dadas a grandes empresas não resolve o problema. Aqui no Maranhão nós vamos acabar com essas isenções para grandes empresas. Se existirem, serão para pequenos empresários”, concluiu.

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