Artigo

Sobre Jal, Elisa e Berenice

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Jal Guerreiro é uma querida amiga que conheci no circuito de festivais, no tempo do lançamento do meu filme “Pelo Ouvido”. De lá para cá ela tem me ajudado na difusão de meus filmes, como faz agora junto aos canais Box Brasil, do empresário gaúcho Cícero Aragon, a quem ela também me apresentou.

Na verdade, Jal tem sido para mim uma espécie de anjo da guarda. Ela me apresentou alguns dos bons amigos que fiz nesse mundo do cinema, como o roteirista Di Moretti, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, os presidentes da Ancine, Manoel Rangel e Christian de Castro, as produtoras Vania Catani e Mariza Leão, além de meio mundo de gente do cinema nacional.

A última apresentação feita por Jal foi ninguém menos que a pessoa que vai tornar realidade o antigo sonho de concretizar “Do outro lado da ponte”, meu primeiro longa-metragem de ficção! Trata-se de Elisa Tolomelli, produtora de filmes como Central do Brasil, Lavoura Arcaica e Cidade de Deus, pra citar apenas três e não me tornar arrogante e cabotino.

Jal, Elisa e eu fizemos um call pelo Skype esta semana e posso dizer a você que me lê agora, papo com gente boa e inteligente é uma coisa que me faz vibrar.

Depois das devidas apresentações, conversamos sobre o cardápio de projetos que a Guarnicê Produções tem sobre a mesa. Falei-lhe do Polo de Cinema do Maranhão, das empresas e dos cineastas envolvidos nele, falei de minha parceria com Di Moretti e com Neville D´Almeida, e falei especificamente de projetos como “Trópico”, filme que será estrelado por Willem Dafoe e grande elenco nacional e internacional, e produção de Natália Scarton, falei de “Do outro lado da ponte”, “Arcanos”, e de outros projetos.

Mas nessa nossa primeira conversa o mais importante foi nossa troca de cartões de visita! Ela mandou para mim um link com seu último filme, “Berenice Procura” e pediu que eu o assistisse e comentasse com ela, inclusive que eu dissesse quanto eu imaginava ter custado essa produção. Por meu lado passei a ela o link do “Pelo Ouvido”.

Logo que desligamos, chamei um colaborador que entende de “mágica” tecnológica para colocar o filme do Vimeo em minha tela do hometheater, para que pudesse assistir “Berenice” quase como no cinema. Foi feito.

Durante o tempo de uma partida de futebol, fiquei preso ao sofá assistindo, a uma obra cinematográfica que chega bem perto da perfeição. Com performances irretocáveis, tanto dos atores quanto dos diretores de cada uma das áreas envolvidas em sua realização.

O roteiro é um dos pontos altos. Baseado em livro homônimo de Luiz Alfredo Garcia-Roza, a adaptação para o cinema facilita muito a vida do diretor e dos atores, dando asas a uma montagem eletrizante que descortina a história à proporção que o tempo passa, mesmo que sejam usados artifícios temporais, mas deixando o desfecho sempre para o momento seguinte.

Depois de fazer o dever de casa, estava me preparando para ligar para Jal e Elisa quando tive a ideia de escrever esse texto, registrando tudo que transcorreu no que diz respeito à Elisa e à sua Berenice...

Espero que tenham gostado deste breve relato e que ele tenha servido de aperitivo fazendo com que corram ao cinema para assistirem a “Berenice Procura”.

PS 1: Espero que a minha mulher não desconfie que minha paixão recôndita por Cláudia Abreu sofreu uma recidiva.

PS 2: Depois de assistir ao filme com olhos de cineasta, acredito que qualquer que tenha sido o orçamento dele, imaginando que tenha sido muito alto, ainda assim seria pouco, pelo resultado obtido. Mas como Elisa pediu que eu sugerisse um número, vou chutar baixo, BO... R$ 3 milhões!...

Joaquim Haickel

Membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

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