Entorpecente

Cresce o número de mulheres no tráfico de drogas, diz polícia

Pelo menos quatro “mulas” foram presas pela PRF em uma semana na BR-010, região de Imperatriz, em ônibus vindos de goiás, com destino a São Luís

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Policial conduz "mula" presa em um ônibus interestadual vindo de Goiás com maconha
Policial conduz "mula" presa em um ônibus interestadual vindo de Goiás com maconha (Mula)

SÃO LUÍS - A polícia afirmou, ontem, que cresce o número de mulheres usadas como “mulas” no transporte de drogas do estado de Goiás para o Maranhão. Esta semana, quatro mulheres acusadas de cometerem esse tipo de crime, foram detidas na BR-010, em Imperatriz, quando traziam em ônibus interestaduais, o entorpecente para ser negociado na Região Metropolitana de São Luís.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), este ano já foram apreendidos mais de 140 kg de maconha, 35 kg de cocaína, 15 de crack e 45 comprimidos de ecstasy em rodoviais federais na Região Tocantina, principalmente na BR-010, que passa por Imperatriz, apontada como rota do tráfico na região.

A última prisão ocorreu na noite de quarta-feira, 15, e a detida, maranhense de Imperatriz, não teve o seu nome revelado. Segundo o inspetor da PRF, Igor Egídio, a criminosa, que foi abordada em um ônibus interestadual que vinha de Goiás com destino a capital maranhense, estava com mais de 13 kg de maconha em duas bolsas de viagem. A droga estava em forma de barra. “A detida estava muito nervosa com a presença dos policiais dentro do ônibus e isso despertou a atenção e ela foi abordada”, disse o inspetor.

A mulher foi presa em flagrante e conduzida para a Central de Flagrante de Imperatriz, onde prestou depoimento e disse que havia comprado o entorpecente por R$ 7 mil e pretendia revendê-lo na capital maranhense. A droga apreendida foi encaminhada ainda ontem para o Instituto de Criminalística (Icrim) de Imperatriz para ser periciada.

Igor Egídio disse ainda que a detida era mais uma “mula” utilizada pelos traficantes que pagam de R$ 500,00 a R$ 1 mil pelo transporte da droga que abastecerem as “bocas de fumo” das regiões norte, nordeste e centro-oeste. Elas usam ônibus interestaduais ou veículos particulares.

“A detida estava muito nervosa com a presença dos policiais dentro do ônibus e isso despertou a atenção e ela foi abordada”.Igor Egídio, inspetor da PRF

Irmãs do tráfico

Ainda ontem, as irmãs Tarsila Carolina, Nacla Carolina e Natila Caroline Costa da Silva permaneciam pesas na Unidade de Ressocialização de Davinópolis, na Região Tocantina. Elas foram interceptadas por uma guarnição da Polícia Militar no último dia 8, em um ônibus que faz a linha Goiânia a São Luís, com 60 kg de maconha. A abordagem foi feita nas proximidades da rodoviária de Imperatriz.

No momento da prisão, segundo a polícia, cada uma estava com uma criança de colo para despistar os policiais. O entorpecente estava em forma de barra e guardado em duas malas. As detidas declararam que haviam adquirido a droga em Goiás e uma pessoa, que não sabiam o seu nome, receberia o produto em São Luís. Elas não informaram quanto receberiam pelo trabalho.

Elas são moradoras de São Luís. A polícia informou que as crianças foram entregues a representantes do Conselho Tutelar de Imperatriz e estavam sob a guarda da Vara da Infância e Juventude, aguardando os familiares.

NÚMERO

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é o número de mulheres que foram presas em uma semana na BR-010, em Imperatriz, acusadas de tráfico de drogas.

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