Deflação

Município de São Luís registrou deflação no mês de julho, diz IBGE

De acordo com dados do IBGE, a variação do IPCA e a do INPC na capital maranhense foram -0,28% e -0,49%, respectivamente, devido a recuo de preços

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Deflação foi observada em oito de nove grupos acompanhados pelo IBGE, com destaque para o de Alimentação e Bebidas (-1,72%)
Deflação foi observada em oito de nove grupos acompanhados pelo IBGE, com destaque para o de Alimentação e Bebidas (-1,72%)

São Luís registrou deflação em julho, segundo divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado variou -0,28%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi -0,49% no período.

Enquanto no mês de junho, o IPCA, em São Luís (+1,30%), foi maior que o índice para Brasil (+1,26%), a situação se reverteu em julho. Essa desaceleração, de acordo com o IBGE, se deu muito em função de que, em junho, os itens de grande peso no orçamento doméstico na capital maranhense, como alimentação e bebidas, habitação e transportes, que apresentaram aumento de preços na comparação com maio, em julho, recuaram sobremaneira.

Dos nove grupos de despesa, apenas em um houve avanço nos preços: artigos de residência (móveis e utensílios, aparelhos eletrônicos e consertos e manutenção). Em junho, o IPCA desse grupo foi de -0,80%, e avançou, em julho, para +0,78%. Quase um ponto percentual (p.p.) de aceleração. Todos os outros oito grupos sofreram recuo, sendo que deflação foi observada em Alimentação e Bebidas (-1,72%) e Educação (-0,04%). No grupo Saúde e Cuidados Especiais, os preços se mantiveram estacionados na comparação julho/junho. Os maiores aumentos de preços ocorreram nos grupos Artigos de Residência (+0,78%) e Vestuário (+0,78%).

O item Alimentação e Bebidas, em São Luís, teve forte desaceleração de preços, passando de 1,84% em junho para -1,72% em julho. Ainda dentro desse grupo, os subitens com as maiores variações de preços foram o leite longa vida (13,30%), o leite em pó (6,95%), o feijão preto (6,68%), o contrafilé (6,44%) e o alho (4,46%).

Importante contribuição para o quadro deflacionário tiveram os subitens cebola (-31,16%), tomate (-29,41%), batata-inglesa (27,05%), uva (-11,44%), banana prata (-8,28%), mamão (-7,05%) e ovo de galinha (-4,60%). O impacto desse grupo de despesa na deflação de 0,28% detectada em São Luís, foi na ordem -0,47 ponto percentual.

Já no grupo Habitação, está em continuidade a bandeira tarifária vermelha desde 1° de junho. Portanto, em julho, a bandeira foi a mesma, não havendo consequência para o comportamento dos preços: aumento ou recuo. A elevação na tarifa de energia elétrica ocorreu apenas em algumas unidades da federação, que não o Maranhão. Em São Paulo, por exemplo, uma das concessionárias locais reajustou a tarifa de energia elétrica em 15,84%.

No grupo Transporte, passagens aéreas tiveram aumento de cerca de 28,8%, o maior aumento dentre todos os subitens que compõem a cesta de bens e serviços das despesas domésticas em São Luís. Outro item onde se detectou uma elevação de preço, embora pequena, foi óleo lubrificante (+1,24%).

No grupo Vestuário, mesmo havendo desaceleração de preços de junho (2,02%) para julho (0,78%), ainda se percebeu que os preços se movimentaram para cima, com destaque para os itens joias e bijuterias (+2,08%) e roupa feminina (+1,34%).

No grupo Artigo de Residência, único que foi marcado pela aceleração dos preços entre junho e julho, os subitens Utensílios de Plástico (+2,90%), Conserto para Refrigerador (+2,89%), Móvel para Copa e Cozinha (+2,77%) e Utensílios de Metal (+2,24%) tiveram as maiores elevações no mês de julho.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou -0,49% em São Luís no mês de julho. Para Brasil, essa taxa foi de +0,25%. Dentre as dezesseis regiões investigadas, São Luís foi onde se teve o menor índice. Em 10 regiões de investigação do Sistema Nacional do Índice de Preço ao Consumidor (SNIPC/IBGE) houve registro de deflação.

Dentre os nove grupos investigados, taxas deflacionárias foram registradas em quatro: Alimentação e Bebidas (-1,74%), Despesas Pessoais (- 0,37%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,06%) e Educação (-0,05%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 5 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

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Sobre o IPCA

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

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