Insegurança

Comerciantes da área Itaqui Bacanga exigem segurança

Muitos trabalhadores atendem a clientela por meio de grade, com o intuito de evitar ser vítima fácil dos bandidos; outros adquiriram câmeras de vigilância

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Temerosos de assaltos, comerciantes usam grades nos estabelecimentos e câmeras de vigilância
Temerosos de assaltos, comerciantes usam grades nos estabelecimentos e câmeras de vigilância (comercio Bacanga)

Amedrontados com a onda de violência crescente, comerciantes que executam seus serviços nos bairros Anjo da Guarda e Vila Embratel, área Itaqui-Bacanga, em São Luís, exigem policiamento eficiente, para inibir assaltos, furtos e outras ações criminosas. Muitos desses trabalhadores atendem a clientela por meio de grade, com o intuito de evitar ser uma vítima fácil dos bandidos.

“O meu estabelecimento já foi assaltado quatro vezes. Hoje, trabalho com medo de acontecer de novo. É só prejuízo para nós. Eu vivo desse meu trabalho. É muito difícil ver uma viatura da Polícia Militar passando aqui. Por isso, os bandidos aproveitam e roubam mesmo o que veem pela frente”, relatou a comerciante do bairro Vila Embratel, Maria José Gaspar, que, após ser vítima constantemente de criminosos, instalou uma grade em frente a sua mercearia. “Atendo os clientes só por aqui e quando percebo algo estranho eu nem vou muito à frente”, frisou.

Proprietário de uma farmácia no Anjo da Guarda, Luís Henrique Carvalho não consegue contabilizar o prejuízo que sofreu, depois que o seu estabelecimento foi assaltado três vezes. “Acredito que deveria ter mais policiamento nesta região. Estamos a mercê dos bandidos. E quando chegam aqui, temos de repassar tudo, porque se não morremos. Instalei até uma câmera de vigilância. Ultimamente deu até uma reduzida, mas temos de ficar ligado”, revelou Carvalho, enquanto atendia clientes do balcão de vidro da farmácia.

Empresária de uma loja de variedades, também no Anjo da Guarda, a comerciante Márcia Andrade Lopes, de 30 anos, garantiu que nunca foi alvo de criminosos, mas que já viu diversos casos. “Nunca invadiram a minha loja, porque aqui na frente é muito movimentado e também sou conhecida, por trabalhar neste mesmo local há muito tempo, em média 12 anos.

Mas, todo cuidado é pouco. Peço a proteção divina e evito deixar dinheiro a mostra”, acrescentou Márcia Lopes.
“Essa área precisa de mais policiamento. Ver um policial aqui é difícil. Graças a Deus não passei por um assalto, mas fico receosa, porque sempre ouço falar de casos, principalmente nos comércios mais afastados da avenida. Temos de tomar muito cuidado”, finalizou a comerciante de roupas Aliete Diniz Carvalho.

Outro lado
A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSPMA), por meio do 1º Batalhão da Polícia Militar, informou e nota que as polícias Civil e Militar desenvolvem ações estratégicas integradas, tendo como base os Boletins de Ocorrências e denúncias do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). Por meio dos registros, as Forças de Segurança realizam o mapeamento dos locais com maior ocorrência de delitos.

Além disso, afirmou a SSP, a área é alvo ininterrupto de policiamento preventivo e ostensivo, executado dentro da "Operação Saturação". Os trabalhos são realizados pelas equipes do Grupo Tático Móvel (GTM), Albatroz, Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam) e viaturas de área, que abordam veículos e pedestres com objetivo de coibir atos criminosos. Como resultado dessas operações, a região não registra homicídios há 36 dias. Por fim, a SSP disponibiliza o número 190 para denúncias, com absoluto sigilo.

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