Eleições 2018

PT lança Lula presidente e ganha tempo para definir seu companheiro de chapa

Cotado para compor como vice-presidente, o ex-prefeitod e São Paulo, Fernando Haddad, deve ser o substituto do ex-presidente, caso a Justiça Eleitoral declare sua inelegibilidade durante a campanha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Lula será candidato enquanto a Justiça quiser
Lula será candidato enquanto a Justiça quiser (Lula)

O PT oficializou no início da tarde de sábado, 4, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro e cumprindo prisão em Curitiba desde 7 de abril. Formalmente, Lula está indicado para ser, pela sexta vez, o candidato do partido à Presidência da República. Poucas horas depois, porém, a cúpula petista passou a discutir, sem a presença do ex-presidente, a possibilidade de deflagrar já o "plano B" na disputa pelo Palácio do Planalto. O nome mais cotado é o do ex-prefeito Fernando Haddad.

Aos participantes do Encontro Nacional do partido - que teve poderes de convenção - a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que advogados devem ouvir Lula, em Curitiba, antes de o martelo ser batido.

A escolha de Haddad, mesmo como vice, passa imediatamente para o mundo político a mensagem de que o PT desistiu de manter o nome de Lula até o limite da Justiça e decidiu partir para uma alternativa eleitoral concreta

O partido oficializou a candidatura de Lula três dias após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Fux, ter afirmado que "condenado é inelegível".

Ao receber a visita de dirigentes petistas na sexta-feira, na capital paranaense, Lula pediu que o partido mantivesse o plano de ganhar tempo e só indicar o vice até o dia 14.

O ex-presidente, contudo, deu carta branca para que a direção tomasse outra decisão em caso de risco à presença do partido na disputa presidencial.

Lula orientou o PT a consultar as reações a três nomes: Haddad, Gleisi e o ex-ministro Jaques Wagner - que declinou da missão.

O PT trabalha ainda com a possibilidade remota de Ciro Gomes (PDT) e Manuela d'Ávila (PCdoB) abrirem mão das candidaturas para assumir o cargo de vice. A aliança com o PCdoB está bem encaminhada, mas o PDT é um sonho distante. Haddad é o preferido, mas ainda enfrenta a resistência de setores do partido em São Paulo e de movimentos sociais.

Lula foi aclamado por unanimidade na convenção do PT. Por enquanto, a sigla terá como aliados os nanicos PCO e PROS.

Meirelles escolhe ex-governador

gaúcho como companheiro de chapa

Germano Rigotto concorrerá á vice-presidência como escolha pessoal do próprio candidato do MDB

Porto Alegre - O candidato à Presidência da República Henrique Meirelles (MDB) afirmou neste domingo que a decisão de ter Germano Rigotto (MDB) na chapa como vice nas eleições 2018 foi uma "escolha pessoal". Os dois estiveram na convenção estadual do MDB gaúcho, em Porto Alegre. Foi a primeira agenda conjunta dos candidatos. No evento, Rigotto também foi oficializado como postulante a vice-presidente.

Meirelles afirmou que o ex-governador gaúcho foi a primeira pessoa que ele convidou para a vaga de vice-presidente.

"Nós contemplamos algumas possibilidades e concluí que o melhor seria o Rigotto. Foi uma escolha pessoal", disse. Na convenção, que confirmou a chapa com o gaúcho, Meirelles foi bastante aplaudido pelos militantes e até arriscou dançar ao som do jingle "Chama o Meirelles". O teatro Dante Barone, da Assembleia Legislativa, estava lotado.

Em seu discurso, Meirelles disse que quer "resgatar a confiança do brasileiro" e que, para isso, tem ao seu lado "um brasileiro que fará grande diferença nessa caminhada". "É uma honra ter Rigotto ao meu lado, um homem que se pauta pela experiência e competência", disse o candidato. "Eu e Rigotto vamos rodar o Brasil inteiro, modernizar o País, fazer muita coisa nova e melhorar o que já está funcionando bem", discursou Meirelles.

Germano Rigotto destacou em sua fala seu desejo de que o MDB tivesse candidatura própria à Presidência da República e criticou a decisão que ele chamou de "equivocada" do partido não lançar candidato em 2006. "Prejudiquei uma reeleição (em 2006) a governador atendendo ao pedido de alguns diretórios para que meu nome fosse colocado numa prévia. Foi uma semente. Agora, o MDB terá o seu projeto nacional, sua cara própria", disse. Segundo ele, as escolhas do partido em apoiar outros candidatos ao longo dos anos criou "rótulos nada bons" à sigla.

O ex-governador afirmou que considera Meirelles como o candidato a presidente "com mais bagagem nessas eleições" e disse estar "honrado" com a escolha. Sobre o desempenho do ex-ministro nas pesquisas, Rigotto colocou que o MDB é "capaz de ganhar uma eleição saindo de 2% ou 3%". "Aqui no Rio Grande do Sul, em 2002, eu comecei com 2% nas pesquisas e ganhamos a eleição. O governador (Ivo) Sartori (MDB) também começou com 2% ou 3% e ganhou a eleição, em 2014. Nós somos exemplos de candidatos que saíram atrás e chegaram na frente", disse.

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