COLUNA

Disputa em grupos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Fechada a lista de candidatos, com as convenções do senador Roberto Rocha (PSDB) e da ex-prefeita Maura Jorge (PSL), a campanha pelo governo se dividirá em três grupos distintos. Um tem o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) como nomes fortes e apresentando-se como possíveis candidatos a um eventual segundo turno.
Rocha e Maura compõem o chamado grupo intermediário. Os dois candidatos são os únicos, até então, capazes de se imiscuir no grupo principal, dependendo da dinâmica e da forma como conduzirão a própria campanha.
Tanto Roberto Rocha quanto Maura Jorge precisam reforçar o discurso e as ações se quiserem contrapor ao cacife eleitoral dos dois principais candidatos. Apostam, os dois, na campanha propriamente dita, com exposição midiática e corpo a corpo com o eleitor.
A lista se completa com Ramom Zapata (PSTU) e Odívio Netto (PSOL), que têm entre os desafios driblar o posto de figurantes na campanha. Em outras ocasiões, chegavam a ganhar certo destaque, com espaços na propaganda e participação em debates. Agora, com as novas regras, ficarão restritos às reuniões em sindicatos, associações e universidades.
Fica a expectativa de como será a movimentação de cada personagem a partir do dia 16 agosto, com o início campanha propriamente dita.

Sabatina
Todos os candidatos ao Governo do Estado serão convidados para participar da Sabatina O Estado, que acontecerá na segunda quinzena de agosto.
Na primeira edição da série de entrevistas, em 2016, todos os candidatos à Prefeitura de São Luís atenderam ao convite, responderam às perguntas dos jornalistas e dividiram com o eleitorado suas ideias de forma livre e democrática.
A Sabatina 2018 será transmitida ao vivo pelo site e por redes sociais de O Estado e repercutida na edição impressa no dia seguinte.

Lição de moral
A decisão do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) de impor como condição de apoio a Roberto Rocha a candidatura de José Reinaldo ao Senado não deixa de provocar Flávio Dino.
O governador comunista é acusado de traidor exatamente por implodir o projeto senatorial de Tavares, mesmo depois de tudo o que o ex-governador fez por sua carreira política.
Curiosamente, disputava a vaga com José Reinaldo outro traído por Flávio Dino, o também deputado federal Waldir Maranhão.

Traição
A traição deve mesmo ser a tônica da disputa eleitoral, pelo menos entre o comunista Flávio Dino e o tucano Roberto Rocha.
Desde 2015, Rocha é acusado de trair Dino por ter anunciado sua candidatura ao governo logo depois das eleições de 2014.
Mas Rocha mostra que é Flávio Dino o traidor e lista várias lideranças que receberam a ingratidão do governador e foram acolhidas no PSDB.

Caia fora!
Enrolado com pelo menos quatro candidatos a senador, três deputados federais e vários deputados estaduais, o prefeito de Ribamar, Luis Fernando Silva, foi convidado a se retirar do PSDB.
O presidente da legenda, senador Roberto Rocha, expôs publicamente o pedido para que Luis Fernando procurasse seu rumo partidário.
Para Rocha, é honrado por parte do prefeito que deixe o PSDB e evite ser usado pelos adversários para dizer que não tem apoio no próprio partido.

Distantes
Apesar de usar um tom cordial para falar da situação de Luís Fernando, Roberto Rocha demonstrou incômodo com o fato de o prefeito não estar em seu palanque.
E sobretudo pelo fato de os adversários explorarem essa situação, dizendo que o tucano não consegue reunir todas as lideranças do PSDB.
Desde que Rocha assumiu a legenda, Luis Fernando nunca se envolveu organicamente.

Contra Brandão
Já está nas mãos dos advogados da coligação da ex-governadora Roseana Sarney o arcabouço da ação que irá impugnar a candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PRB).
A papelada tem farta documentação e argumentação fática, inclusive com pedido de diligências, o que desgastará ainda mais a chapa encabeçada por Flávio Dino.
Os responsáveis pela ação só estão decidindo se entram na Justiça em nome do MDB, do PRP ou de toda a coligação.

E MAIS

• O Coronel Monteiro acusa diretamente o presidente do PHS, Jorge Arturo, pelo descarte de sua candidatura ao governo na reta final das convenções.

• A ex-prefeita Maura Jorge tem deixado claro que rechaça qualquer tentativa de transformá-la em candidata a vice de qualquer outro candidato.

• Com o nome posto ao Senado pelo PSDB, o deputado Alexandre Almeida deixa claro que não pretende disputar outro cargo nas eleições de outubro.

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