Hoje o Estado do Samba tem a honra de receber mais uma história de vida e de samba. Carlindo Filho, que é músico, cantor, compositor, arranjador, produtor e professor de música, que começa nossa entrevista em vídeo, muito bem acompanhado por; Malcon Silva(sete cordas), Athurzinho(tantan) e Guilherme Groove(pandeiro), interpretando Cesar Teixeira-Das Cinzas a paixão.

Carlindo teve o primeiro contato com o cavaquinho aos 14 anos de idade e por intermédio de seu pai escutava muita música maranhense, então, foi logo trazendo para o samba essa influência da nossa cultura, pois, o Samba o havia encontrado.

JM – De onde vem essa sua identidade com a música de todas as épocas?

CF – Na verdade existe uma, “divergência”, entre o samba de raiz(tido como antigo) e o samba atual(dito pagode). Eu tenho sim minha preferência por esse samba mais rico em melodia e letra: Cartola, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa, etc… o próprio César Teixeira, que tocamos aqui ou ainda Josias Sobrinho. Essas pessoas passeiam por melodias e letras que não encontramos mais, hoje em dia. Como diz um amigo meu: é só rimar amor com dor, e por ai vai. Não tem mais aquela poesia que exigia uma maior atenção e pesquisa. Então, não tem como deixar de beber dessa fonte, pra se fazer uma boa música.

(Após 2 anos, praticando sozinho, Carlindo iniciou estudos com o professor Biné do Cavaco, com quem deu os primeiros passos no aprofundamento teórico musical. Aos 18, ingressou na Escola de Música do Estado do Maranhão, onde iniciou os estudos de Violão Clássico com os mestres Domingos Santos e Joaquim Santos. Migrou para o Curso de Guitarra, tendo como professores Norlan Lima e Jamilson Dennys, se formando em 2014. “Graças a Deus, posso dizer que valeu muito a pena, pois, levo tudo o que aprendi e aprendo no dia a dia, com muito prazer, para crianças e adultos, que me procuram e que também dou aula”, declarou Carlindo.

Integrou grupos folclóricos e artísticos como o Bloco Tradicional Os Foliões, o Bumba-meu-Boi de Orquestra de Nina Rodrigues, onde entrou em 2001 e passou quase 10 anos, e, grupos musicais de gêneros diversos. No Samba, integrou Grupos como Armação do Samba, Vamu di Samba, Amigos do Samba, Trem das Onze, onde afirma ter sido a maior escola pelo volume de sua competência dos componentes, além do Grupo Argumento, que teve o prazer de começar com esse projeto. Depois de um tempo afastado, em sua volta, passeou pela MPB e outras vertentes, se apresentando em casas de renome como Boteco Da Lagoa, Por Acaso, Filial Boteco, Botequim São Luís, Papo de Boteco e nos principais buffets da nossa cidade. )

JM – E essa verve compositora? Vem de onde?

CF – Meu pai era escritor, então, eu sempre escrevi muita coisa, mas, botar melodia nas letras é que foi mais difícil, e veio bem depois, ouvindo todas essas informações e também como pesquisador, me facilitou pra chegar até hoje compondo, e, com parceiros impressionantes. Inclusive pretendo fazer até 2019 registros de diversas composições, afinal, criar sem expor essa criação, não é legal. Tenho que registrar, mesmo que não seja em forma de gravação, mas, pelo menos em arquivos. O samba tá na veia, não tem como escapar.

JM – Mas, também tens um passeio pelo mundo da produção. Me conta.

CF – Tive a oportunidade de fazer alguns trabalhos(discos), com Jesiel Bives em seu stúdio. Atualmente estou dirigindo o trabalho de Glaydson Rodrigues, que é vocalista do Sindicato do Samba, e, estou também envolvido em alguns trabalhos de amigos que não moram aqui no Brasil, mas, que fazem música brasileira. Andei meio afastado de São Luis, por Minas Gerais, Rio de Janeiro e quase três anos em Carajás trabalhando num projeto musical da Vale, fenomenal, com mais de 125 crianças em uma Banda Marcial.

(“De volta” ao Samba, foi um dos interpretes do Sindicato do Samba e hoje cumpre uma temporada de shows” com o Grupo Feijoada Completa.

Licenciado em Música pela Universidade Federal do Maranhão, apaixonado pela música e por toda a beleza que dela flui, tem como principal objetivo proporcionar alegria a todos que estão dispostos a apreciar e sentir as vibrações positivas dessa belíssima arte.

A música é sua vida, e, encerra trazendo uma canção em parceria com Jailson Pereira e Luzian Filho – Minha Bandeira, gravada pelo Sindicato do Samba e aparecendo jajá do dvd do Grupo Argumento.)

Obrigado por essa luz, Carlindo Filho.

E não perca no próximo fim de semana o seu “Estado do Samba”, com mais um grande convidado. Não perca essa entrevista na telinha da sua TV O Estado, nas redes sociais e no site.

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