Cardiopatia

Criança aguarda que decisão judicial seja cumprida para cirurgia

Liminar está nas mãos dos familiares desde maio e, até o momento, a cirurgia não foi realizada; SES divulga nota

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Maria Vitória Rodrigues, de 2 anos, em leito do Hospital da Criança, em São Luís
Maria Vitória Rodrigues, de 2 anos, em leito do Hospital da Criança, em São Luís (Maria Vitória Rodrigues, de 2 anos, em leito do Hospital da Criança, em São Luís)

SÃO LUÍS - Uma criança de 2 anos de idade, identificada como Maria Vitória Rodrigues dos Santos, aguarda desde o dia 29 de maio o cumprimento de decisão judicial que garante a ela uma cirurgia para a correção de uma cardiopatia. A paciente, até o fechamento desta edição, ainda permanecia internada sob condições fora do ideal no Hospital da Criança, da Prefeitura de São Luís.

De acordo com a mãe da criança, Catiane Rodrigues, a sua filha registra crises diariamente. Segundo ela, durante estes momentos a criança aparenta estar com falta de ar. “ Quando estamos em casa, não há muito o que fazer. Apenas tento acalmá-la para ver se a crise passa”, disse.

Ainda segundo Catiane, exames comprovam a necessidade urgente da cirurgia. “Um dos médicos nos informou, inclusive, que se a minha filha não fizer logo a cirurgia, poderá morrer, pois a cada dia o coração dela fica ainda mais comprometido”, afirmou. Segundo documento expedido para a família da criança, a cirurgia deveria ser ofertada pelo poder público até 72 horas após a divulgação da liminar. Ou seja, o prazo expirou há mais de um mês.

A mãe de Maria Vitória informou que um representante da direção do Hospital da Criança disse que o caso não acarretaria em transferência da criança. Em reportagem publicada na edição do JMTV 1a edição da TV Mirante, a emissora divulgou uma nota encaminhada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) em que a pasta se comprometia em garantir a transferência da criança para o Hospital Carlos Macieira.

Sobre as crises no hospital, a mãe de Maria Vitória disse que apenas oxigênio é oferecido à criança. “Não há o que fazer nestas horas. É somente oferecer oxigênio e pedir para Deus que tudo seja resolvido”, disse Catiane Rodrigues.

Nota da SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que Vitória Rodrigues dos Santos é acompanhada por médicos do Hospital Universitário Materno Infantil, onde há recomendação de urgência para transferência da paciente do Hospital da Criança para a unidade. A SES informa que o Hospital Universitário, de gestão municipal, junto à Central de Regulação de Leitos do Estado, está adotando todas as medidas para a liberação de leito pediátrico de modo a garantir o acolhimento da criança.

Frase

“ Quando estamos em casa, não há muito o que fazer. Apenas tento acalmá-la para ver se a crise passa”

Catiane Rodrigues

Mãe de criança com cardiopatia

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