Em ruínas

Praça do Canhão, no Anjo da Guarda, necessita de reforma

Espaço, atualmente, vem sendo utilizado como estacionamento; busto do homenageado foi quebrado, após manobra errada de um veículo; canhões estão enferrujados

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Equipamento público que deveria ser usufruído para o entretenimento e lazer da população, a Praça Doutor Carlos dos Reis Go­mes Macieira, conhecida como a Praça do Canhão, no Anjo da Guar­da, em São Luís, está destruída e necessita de intervenção. O espaço, atualmente, vem sendo utilizado como estacionamento. O busto do homenageado foi quebrado, após manobra errada de um veículo, segundo informaram comerciantes que atuam na área.

Fundada no ano de 1979 pelo então governador João Castelo e prefeito Mauro Fecury, o que resta hoje na Praça do Canhão são os canhões enferrujados, piso e bancos deteriorados, ocupação irregular de veículos, teto da tenda reservada para conversas danificado, com risco de cair a qualquer momento, entre outros problemas. O Estado também constatou que construções de madeira foram erguidas no meio do espaço.

“Eu já morava no bairro quan­do a praça foi inaugurada. Com o passar do tempo, foi ficando assim, arruinada. Já reclamamos, lutamos para conseguir uma obra, mas ninguém faz nada. A cada dia, está pior. Mesmo assim, de vez em quando, venho conversar aqui com amigos”, relatou, com indignação, o aposentado Eudes Mendes Mota, de 70 anos.

A comerciante Lucimary Carvalho, de 39 anos, trabalha na praça há 15 anos. Ela contou que foram feitas promessas de que o logradouro seria reformado. “Fo­ram muitas promessas de que seria realizada uma obra. Deveriam fazer uns quiosques, para nós, comerciantes. A tendência é de que fique pior do que já es­tá, porque não fazem nada”, ressaltou.

O antigo posto da Polícia Militar (PM), construído na praça, está fechado e sucateado, inclusive com uma sacola cheia de garrafas plásticas no teto. O comerciante Vicente Paulo Coelho guardou o busto que foi quebrado e a placa de fundação da praça. “Quebravam e estava tudo aí jogado. Peguei e guardei na minha residência. Isso é construído com o dinheiro público, nosso dinhei­ro. Vai continuar guardado, até alguém ter a sensibilidade de reconstruir”, finalizou Coelho, que possui um estabelecimento no entorno da Praça do Canhão.

A Prefeitura de São Luís foi procurada, mas até o fechamento des­ta edição, não respondeu aos questionamentos.

MAIS

Descaso semelhante ao relatado acontece com a Praça da Saudade, no centro de São Luís. Reportagem de O Estado publicada na edição do final de semana, de 21 e 22 de julho, mostrou que o espaço está sendo degradado por comerciantes informais que atuam na região

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