DESCASO

Terreno da antiga Cobal do Monte Castelo oferece riscos aos moradores

Estrutura foi demolida pela atual gestão do Governo do Estado, responsável pelo prédio; terreno continua servindo de abrigo para usuários de droga

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Moradores e quem mais transita pelas imediações do antigo prédio da Cobal (Hortomercado), localizado às margens da Avenida Getúlio Vargas, no bairro Monte Castelo, em São Luís, sofrem com insegurança, mesmo com a demolição do prédio, que já estava deteriorado pela ação do tempo e de vândalos e por invasão de usuários de droga. Hoje, o terreno está tomado por mato e lixo, e o serviço de limpeza tem sido realizado pelo poder público municipal, quando a responsabilidade pelo espaço é do governo estadual.

“A situação é crítica. O espaço está abandonado, cheio de lixo e contaminado por ratos. A limpeza só é feita quando nós, moradores, solicitamos serviço de intervenção do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, quando a secretaria responsável [Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano] não toma conta do problema”, disparou o jornalista Joel Jacinto, morador da região. “É um terreno que deveria ser aproveitado em prol da comunidade, mas a realidade é que não fazem nada. A gente morre de medo. Eu já fui assaltada nessa região duas vezes. Logo, os bandidos aproveitam por­que é deserto”, completou a servidora pública Lourdes Moraes.

O segurança de uma escola que funciona próxima à área abandonada, Falcão Aires, disse que à noite o ambiente “vira uma bagunça”, porque os usuários de droga rasgam sacos de lixo e espalham os dejetos pela rua. “Eles bagunçam a rua e botam a vida das pessoas em risco. É uma situação lamentável e acontece dentro da cidade”, declarou.

Insegurança
O Estado
constatou na manhã de ontem (30), que um buraco foi feito pelos usuários de droga na base suspensa ao nível, chão da antiga instalação do Hortomercado, em paralelo à Rua Sílvio Romero, no Retiro Natal, para se abrigarem, no intuito de consumirem substâncias entorpecentes.

O mototaxista Leonardo Costa disse que havia um posto de mototáxi no local, que também foi derrubado na ação de demolição realizada pelo estado. “Quando a gente chegou aqui, no dia seguinte, já estava tudo no chão”, frisou.

Abrigo
Embora o espaço abrigasse usuários de droga e a criminalidade em sua estrutura, servia também co­mo moradia para o morador de rua José de Ribamar Rodrigues, que foi retirado compulsoriamente, após decisão do estado. “Me tiraram daqui e disseram que iam pagar aluguel social. Pagaram quatro meses. ‘Ergueram’ meu benefício e não me deram minha casa ainda […] e eu ‘tô’ na rua”.

A Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid) informou, em nota, que no local será construída, além de uma praça, a Unidade de Emergência do Corpo de Bombeiros, o que demandou tempo para alteração total do projeto inicial. Frisou ainda que as ruínas do prédio antigo precisaram ser demolidas, em decorrência da estrutura já fragilizada pela ação do tempo. Em relação ao morador do terreno, a Secid informa que ele foi conduzido ao Programa de Aluguel Social, no qual esteve amparado por aluguel de dezembro de 2017 a maio de 2018, sendo, em seguida, encaminhado ao Programa de Cadastro Habitacional Minha Casa Minha Vida.

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