Saúde

São Luís teve 710 casos de doenças transmitidas pelo Aedes em 2018

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), do total de ocorrências 76% estão relacionadas à dengue; em alguns locais, há acúmulo de água; caso tendência se mantenha, números podem ser menores que 2017

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Água de chuva se acumula em terreno baldio no bairro Areinha; local é propício à proliferação do Aedes aegypti
Água de chuva se acumula em terreno baldio no bairro Areinha; local é propício à proliferação do Aedes aegypti (água dengue)

De janeiro a junho deste ano, São Luís registrou 710 casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo o levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), do total das ocorrências, 76% estão ligadas à dengue (540 casos). Os outros 24% referem-se à chikungunya (95 casos) e zika (75 casos).

Caso a tendência de casos de doenças relacionadas ao Aedes se mantenha no segundo semestre em São Luís, poderá haver uma redução considerável no número de pessoas infectadas, em comparação com 2017. Segundo a pasta, de janeiro a dezembro do ano passado, foram contabilizados 1.654 casos, o que daria uma média aproximada de 827 casos a cada seis meses.

A redução da média de casos de doenças relacionadas ao Aedes, de um ano para outro, pode ser creditada à ação do poder público. Nos últimos meses, agentes da Semus orientaram moradores sobre as condutas a serem adotadas no ambiente doméstico para evitar a proliferação do mosquito. Entre elas, está a verificação dos vasos de plantas que costumam acumular água oriunda das chuvas.

Sobre a média pluviométrica, houve uma queda no percentual de chuvas nas últimas semanas, o que também contribuiu para a melhora nos dados dessas doenças.

Mas, mesmo com a predominância de temperaturas mais altas, ainda é possível constatar acúmulo de água em vários bairros da cidade. O Estado esteve na tarde de ontem, 30, no bairro da Areinha, e constatou um exemplo de perigo à saúde pública. Na rua 21, em frente a um conjunto de casas, há um terreno baldio que acumula água da chuva. “Até o momento, não está dando muito mosquito, mas houve um período em que dava demais”, disse Maria do Rosário, moradora do bairro.

Além de evitar água em vasos de plantas, outra medida de combate ao Aedes é a nebulização espacial feita pelos carros-fumacê. Segundo o Programa de Prevenção à Dengue e Arboviroses da Prefeitura de São Luís cerca de 2.800 visitas domiciliares foram realizadas, nos últimos meses, para a verificação da presença dos criadouros do mosquito. “A Prefeitura realiza diariamente ações efetivas de combate aos focos do mosquito. Mesmo assim, estamos sempre reforçando pelos bairros da cidade”, disse Pedro Tavares, responsável pelo Programa.

NÚMEROS

Casos de doenças ligadas ao Aedes em SL em 2018
Dengue: 540
Zika: 75
Chikungunya: 95
Total: 710

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde (Semus)

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