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Novos tópicos relevantes - IX

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Dívidas oficiais:

O nível de endividamento mundial é crescente; governos e empresas de diversos países, principalmente da zona do euro, ainda estão ressentidos dos compromissos assumidos em decorrência da crise das subprimes, iniciada em 2008, nos Estados Unidos.

Gastos governamentais:

No Brasil, país emergente e de economia reflexa, as despesas do governo vem crescendo acima do Produto interno bruto - PIB, apesar das tentativas de ajuste fiscal e porque a atividade econômica vem desacelerando; “desde 2016, a receita corrente líquida - RCL da União não é suficiente para pagar as despesas obrigatórias.”

Câmbio:

A alta do dólar vem impactando fortemente as “dívidas soberanas de países em desenvolvimento”, principalmente os considerados emergentes; somente em junho, as moedas já recuaram 2,33%, segundo índice do Deutsche Bank. O Brasil, entre outros países, estaria entre os “menos vulneráveis”, mas o real já sofreu uma depreciação de quase 15% no acumulado de 2018, “terceiro pior desempenho mundial.”

Globalização:

Os países exportadores em tempos de globalização, com pequenas exceções, começam a reclamar dos efeitos, pois encontram dificuldades à colocação de seus excedentes nem sempre competitivos, pela baixa produtividade dos seus produtos.

Orçamento:

O Congresso vem de aprovar o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO/2019, do governo federal, “sem os principais mecanismos de contenção de gastos que haviam sido incluídos pelo relator”, tornando mais difícil o ajuste fiscal que o novo Presidente enfrentará. A questão deveria ser resolvida preservando as conquistas sociais, mas cortando gastos considerados supérfluos.

Reajuste de servidores:

O governo federal pretendeu adiar o reajuste dos servidores, ativos e inativos, fazendo constar do projeto de lei da LDO/2019, mas o Congresso rejeitou; agora, o Ministério da Fazenda quer insistir através de uma medida provisória. Deve-se ressaltar, entretanto, que esse reajuste é direito adquirido pelas leis 13327/16,13371/16 e 13464/17, “que estabelecem escalonamento em percentuais diferenciados, nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019.”

Juros:

O Federal Reserve - FED, o banco central americano, mantém sua política de elevação gradual da taxa de juros; estão previstos “mais dois aumentos em 2018, e estão projetados três em 2019.” Sabemos que essa subida dos juros, nos Estados Unidos, repercute nos países em desenvolvimento, nos emergentes, podendo provocar fuga de capitais em busca de maior liquidez, segurança e rentabilidade.

Recuperação do PIB:

Economistas e consultorias especializadas, divergentes até certo ponto, estimam que alguns poucos Estados brasileiros devem recuperar o nível pré-crise em relação à produção dos seus bens e serviços; dizem que o pior desempenho deve ficar para o Nordeste.

“Quantitative easing” - QE:

Não está sendo fácil para os bancos centrais, nos Estados Unidos e principalmente da Europa, encontrar a “porta-de-saída” à sua atuação heterodoxa de auxílio à liquidez, implementada desde 2008. Essas práticas de política monetária salvaram da “quebra” empresas e bancos, principalmente estes, que acumularam grandes somas de títulos em suas carteiras, pela baixa demanda ao crédito à economia real.

Além desses entraves à redução do QE, remanescem problemas de regulação do mercado financeiro mediante reforço na capitalizaço dos bancos, que alavancaram além do limite dos seus ativos na crise da “bolha”, e de correção de práticas contábeis vigentes.

Antônio Augusto Ribeiro Brandão

Economista, membro da ACL, do IWA e da Comunidade ELOS, fundador da ALL

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